Algarve pede plano reforçado, zona de Portimão é a mais crítica

Durante a última paralisação, a coincidir com o período da Páscoa, o Algarve esteve à beira de uma situação de ruptura.

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LUSA/LUÍS FORRA

De entre o conjunto de medidas excepcionais que o Governo está a preparar para minimizar o impacto da greve de motoristas de pesados no Algarve, está a ser feita a identificação de um conjunto de postos com capacidade para garantir os serviços mínimos. O presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, manifestou-se “preocupado” com as repercussões que a paralisação possa vir a ter, dado estarmos em plena época de férias. Nessa altura, sublinhou, “estão na região 1,3 milhões de pessoas, das quais 900 mil deslocadas do seu local de residência”.

Durante a última paralisação, a coincidir com o período da Páscoa, o Algarve esteve à beira de uma situação de ruptura. Numa primeira fase, recordou o representante dos hoteleiros, a região tinha ficado fora dos serviços mínimos decretados pelo Governo. Porém, reconheceu, “a situação foi salva in extremis” com o alargamento dessas medidas excepcionais.

Uma das situações mais periclitantes em Abril prendia-se com os hotéis e empreendimentos turísticos da zona de Portimão que são abastecidos a gás e que estiveram em risco de encerrar. O reabastecimento acabaria por ser efectuado através de camiões/cisterna, vindos de Silves, seguido o mesmo plano que foi adoptado para garantir o abastecimento do Hospital do Barlavento (Portimão) e o aeroporto de Faro.

As medidas preventivas, defendidas pela AHETA, foram entregues ao presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes, que teve na terça-feira uma reunião com o Governo. Nela apresentou os contributos da região para a definição dos serviços mínimos.

Os sindicatos dos motoristas que entregaram um pré-aviso de greve com início em 12 de Agosto reúnem-se também nesta quarta-feira na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para planificar os serviços mínimos.

Na semana passada, o ministro do Ambiente explicou que o Governo tinha desenvolvido uma rede já existente de postos estratégicos de abastecimento de combustível para enfrentar uma greve no sector.

“Existia uma rede de postos estratégicos para abastecimento do país em casos de ruptura ou em casos de greves como esta, e aquilo que nós fizemos foi desenvolver essa mesma rede. Hoje temos já definidos quais são, ao longo de todo o país, os postos que são para abastecimento exclusivo das forças de segurança, dos bombeiros, das ambulâncias que transportam doentes, quais os postos que tem também que ter combustível para servir o comum dos cidadãos”, explicou Matos Fernandes, sem, no entanto, a dar a conhecer.

Notícia corrigida às 20h45. O presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes, teve na terça-feira, e não esta quarta, como inicialmente se dizia, uma reunião com o Governo onde apresentou os contributos da região para a definição dos serviços mínimos.

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