Porto: CDS questiona Governo sobre reforço policial que impeça tráfico de droga

Os deputados do CDS-PP eleitos pelo círculo do Porto pretendem saber quais as medidas de segurança que o Governo vai tomar para combater o tráfico.

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Assiste-se a um aumento do tráfico de droga nos bairros sociais adjacentes ao Aleixo Paulo Pimenta

Os deputados do CDS enviaram esta sexta-feira um requerimento ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, questionando-o sobre o tráfico e do consumo de estupefacientes nos bairros municipais do Porto situados na envolvente do antigo Bairro do Aleixo, nomeadamente Lordelo, Pinheiro Torres, Pasteleira e Mouteira. No documento, os deputados Pedro Mota Soares, Cecília Meireles e Álvaro Castello-Branco afirmam que este é “um problema grave que levanta questões de segurança” para os habitantes.

Os centristas questionam o Governo se tem conhecimento do aumento do tráfico nos bairros sociais adjacentes ao Aleixo, exigindo saber que “diligências” vão ser tomadas para se acabar com este “supermercado de droga na cidade do Porto, que transformou o dia-a-dia dos moradores destas áreas num caos”. “Vai reforçar os meios policiais, de modo a garantir um policiamento eficaz para que seja devolvida a segurança urbana àquela zona da cidade? Se sim, em que número e para quando?”, interroga o CDS.

Segundo os deputados eleitos pelo círculo eleitoral do Porto, apesar das diligências já promovidas pela presidente da União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos (UFLOM), Sofia Maia, e pela Câmara do Porto, “os moradores nem durante a noite conseguem ter o merecido descanso”, acrescenta o documento.

Nuno Torres, presidente da Associação de Moradores do Bairro, também se manifestou, conforme se lê no requerimento, afirmando que “os moradores vão assistindo, impotentes, à proliferação do tráfico de drogas e temem pela sua segurança”, acrescentando que “os tiros de pistola vão sendo uma constante”.

Os deputados afirmam ainda que “a preocupação dos moradores reside na falta de segurança não só na rua, mas também nas suas habitações”, queixando-se os mesmos que “os vidros das portas de entrada dos prédios situados entre os bairros Pinheiro Torres e Pasteleira são partidos, permitindo a abertura sem recurso a chaves”. Há ainda “relatos de moradores que são intimidados para não fecharem as portas dos prédios”, “caixas de correio e portas de contadores que são abusivamente utilizados por estranhos para guardar estupefacientes” e “ameaças à integridade física e condicionamentos às pessoas”, descrevem.

A presidente da UFLOM – que já se reuniu com o Comando Metropolitano do Porto, a quem relatou as preocupações dos moradores, do hotel e do clube desportivo das proximidades – afirmou ao PÚBLICO que o próprio superintendente lhe disse que “têm poucos recursos, poucos operacionais ao nível da PSP”. A autarca, que considera a “situação de insegurança alarmante”, acrescentou ainda que “todas as entidades estão a trabalhar em conjunto para que se encontre uma solução, o mais rapidamente possível”.

Texto editado por Ana Fernandes

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