Quando o Aleixo conta outra história do Porto

Inaugurado no ano da Revolução, o Aleixo foi morada dos imaginários de gente pobre da Ribeira. Ali se fizeram amizades e casamentos. Filhos, netos, bisnetos. A vida normal. Depois, veio a droga e corrompeu-lhe os sonhos. Tomou-se a parte pelo todo. Deu-se a sentença do fim. Breve viagem pelas delicadezas e desgraças de um bairro onde cidade e país se podem ver ao espelho

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No princípio era o sonho.
Uma torre de 13 andares, casas como nunca haviam visto, o recorte do Douro nas janelas. Promessa de vida nova ou retorno ao ponto inicial mais tarde. O Aleixo abria as portas do seu primeiro edifício, a dias de Abril se cumprir, para abrigar famílias pobres da Ribeira. Naquele território, no lado ocidental da cidade, a vizinha ponte da Arrábida acabara de celebrar uma década. Havia dezenas de fábricas a laborar, chão em terra batida, zero condomínios de luxo.

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