Líderes mundiais e actores recriaram histórias do Dia D, nas celebrações dos 75 anos

A celebração do desembarque acontece quinta-feira, dia 6 de Junho, em França.

Fotogaleria
Reuters/POOL
Fotogaleria
LUSA/LH Phot Paul Halliwell / BRITISH MINISTRY OF DEFENCE/HANDOUT
Fotogaleria
Reuters/POOL
Fotogaleria
Reuters/POOL
Fotogaleria
LUSA/THIBAULT VANDERMERSCH

Uma parada de líderes mundiais, actores e cantores celebrou hoje os 75 anos do Dia D, o embarque dos aliados para a Normandia, perante uma plateia em Portsmouth, no Reino Unido, onde se destacavam veteranos de II Guerra Mundial. A celebração do desembarque acontece quinta-feira, dia 6 de Junho, em França.

Entre imagens e sons de arquivo e actuações de actores e cantores, recordando o Dia D e o seu impacto na vitória das forças aliadas sobre a Alemanha nazi, em Junho de 1944, vários líderes de países que participaram no desembarque na Normandia leram textos de soldados e políticos que tiveram um papel crucial naquele dia histórico.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, leu o emotivo texto de um soldado da Resistência francesa que dizia não ter medo da morte, porque estava de consciência tranquila e esperava apenas que os seus compatriotas fossem felizes no final do conflito.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, leu a carta de um capitão enviada à sua mulher, dois dias antes do desembarque, dizendo que sonhava com o dia em que regressaria aos seus braços.

De seguida, May leu o telegrama que anunciava a morte do soldado.

Minutos antes, tinha sido a vez do Presidente dos EUA, Donald Trump, repetir a oração que Franklin D. Roosevelt leu numa emissão radiofónica nas vésperas do Dia D.

“Sabemos que os nossos filhos irão vencer. Mas sabemos que alguns não voltarão”, dizia a oração que emocionou a audiência das cerimónias realizadas esta quarta-feira em Portsmouth, a cidade costeira do Reino Unido que serviu de posto de preparação para o desembarque dos Aliados na Normandia.

Alguns dos momentos de preparação dessa missão militar foram recriados por actores, no enorme palco que serviu para as celebrações, a que assistiram líderes mundiais de vários países, alguns dos quais derrotados na fase final da II Guerra Mundial (1939-1945).

Noutros momentos, foram gravações de imagens e de sons da época a fazer a evocação, como quando se ouviu o discurso do primeiro-ministro britânico Winston Churchill a desafiar os cidadãos a lutarem em todo o lado e em todo o momento.

A actriz Sheridan Smith cantou When the lights go on again, tornada popular por Vera Lynn, uma das mais célebres cantoras britânicas dos anos 1940, para evocar a esperança numa vitória sobre as forças do Eixo.

“Estar hoje aqui, 75 anos depois, mostra o espírito de resiliência” que está subjacente aos países do “mundo livre”, disse a rainha Isabel II, agradecendo o contributo dado em favor da liberdade.

Em nome das Forças Armadas britânicas, o general Nicholas Carter salientou o espírito de camaradagem que se viveu entre as tropas das diferentes nações que se opuseram ao regime nazi, dizendo que o desembarque de 6 de Junho de 1944 foi a prova do espírito e da força multinacional.

A cerimónia terminou com o hino do Reino Unido e com um outro êxito de Vera Lynn, em que a cantora prometia aos soldados que há 75 anos lutavam pela sua causa: “Voltaremos a encontrar-nos. Não sei onde, não sei quando. Mas voltaremos a encontrar-nos, num dia de sol”.