Cristas apela ao voto: “Telefonem às famílias”, vão buscar “aquela tia mais idosa”
Líder do CDS apela aos centristas para se mobilizarem para as urnas “até ao último minuto”. “Nós não podemos fazer campanha, mas vocês podem.”
A um dia do final da campanha das eleições europeias, Assunção Cristas fez nesta quinta-feira um forte apelo ao voto à família centrista durante um jantar no Porto, que reuniu cerca de 600 pessoas. “Peço a todos vós que estão nesta sala: domingo, vá votar. Telefone à família, telefone aos amigos, telefone aos colegas de trabalho, telefone aos vizinho do lado. Pergunte se já foram votar, ofereça-se para os levar a votar. Aquela tia mais idosa...”, pediu.
A presidente do CDS diz que se há coisa que sabe “é que à esquerda, nas esquerdas mais radicais, a abstenção tende a não ser um problema, porque se mobilizam”. “Mobilizem-se, mobilizem-se. (…) Até ao último minuto – nós não podemos fazer campanha, mas vocês podem. Podem bater à porta, podem pegar no telefone, podem deslocar-se para votar e é isso que vos peço.”
Assunção Cristas, que foi a primeira a falar, optou, pela primeira vez, por uma noite sem críticas aos adversários. Talvez por estar “feliz e orgulhosa” por nesta quinta-feira “se comemorar os 840 anos que o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como nação independente. E, sem críticas, optou por falar das propostas do CDS para a Europa. Falou da defesa da iniciativa privada, pediu uma descida de impostos para as empresas e manifestou-se contra os impostos europeus.
Defendeu a aceleração da aplicação dos fundos comunitários, lembrou a proposta do CDS para a criação de um Erasmus para os jovens agricultores, a proposta para “plástico zero”, a defesa do mar e as políticas no plano social.
As críticas ficaram a cargo de Nuno Melo, que fez uma espécie de balanço de quase todos reparos que fez ao Governo durante a campanha. Não foram poucas e passaram por todas as áreas de governação E também terminou com um forte apelo ao voto.
Presente esteva também o mandatário nacional da candidatura, Lobo Xavier, que fez uma intervenção de defesa do partido e de crítica aos adversários e ao Governo.