Um cruising tão lento como a morte
Um grupo de libertinos franceses do século XVIII exercita as suas ideias num bosque à noite. Liberté, de Albert Serra, transformou uma sessão do Un Certain Regard do Festival de Cannes em espaço fantasma de cruising. Até ser manhã.
Não liguem ao que vos possam dizer, que Liberté é lento, que Liberté é grotesco, que parece À Espera de Godot escrito pelo Marquês de Sade. Sim, pode ser tudo isso o sexo. Lento e silencioso como a morte. Grotesco, mas também comovente, algo hilariante até. São manobras dos humanos para transcender o horizonte de fim.
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