Caricatura de Bashar al-Assad vence World Press Cartoon

Os espanhóis Javier Carbajo e Sara Rojo venceram o World Press Cartoon com uma caricatura do presidente da Síria, Bashar al-Assad, numa edição em que Espanha arrecadou a maioria dos prémios.

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Caricatura da dupla espanhola de Bashar al-Assad

Os espanhóis Javier Carbajo e Sara Rojo venceram este domingo o World Press Cartoon (WPC) com uma caricatura do presidente da Síria, Bashar al-Assad, numa edição em que Espanha arrecadou a maioria dos prémios entregues nas Caldas da Rainha.

A caricatura de Bashar al-Assad, desenhada a quatro mãos, foi distinguida com o grande prémio da 14.ª edição do WPC que, “pela primeira vez, entrega o prémio a um casal de cartoonistas”, disse à agência Lusa o director do certame, António Antunes.

O trabalho do casal espanhol que retratou o presidente da Síria e se destacou na categoria Desenho, foi publicado no jornal ABC, em Espanha, em Abril de 2018. O prémio, com o valor monetário de 10 mil euros, foi entregue no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, que acolheu a gala do evento anual do desenho de humor publicado na imprensa internacional.

Na mesma categoria, o júri atribuiu o 2.º prémio à obra Angela Merkel, de outro espanhol, Joaquín Aldeguer, publicado na revista El Jueves. O 3.º prémio foi para Martin Luther King, do autor brasileiro Cau Gomez, publicado no jornal Le Monde Diplomatique.

As obras premiadas reflectem “a grande qualidade dos desenhos avaliados e a confluência das opiniões dos cinco elementos do júri” que, segundo o cartoonista António, nesta edição escolheram “trabalhos com uma carga dramática menos evidente que nas duas edições anteriores”.

A 14.ª edição do certame ficou ainda marcada pela “predominância de premiados em línguas hispânicas”, disse António, lembrando que dos nove prémios atribuídos, dois foram para Espanha, um para o México e outro para Cuba. Na categoria Desenho de Humor o 1.º prémio foi atribuído ao mexicano Boligán, com a obra Reload, publicada no jornal El Universal. O 2º distinguiu Cheias em Veneza, do português André Carrilho, publicada no jornal Diário de Notícias.

Os trabalhos foram avaliados por um júri internacional que integrou, para além do director do certame, os cartoonistas Maria Picassó (Espanha), Óscar Grilo (Argentina), Cássio Loredano (Brasil) e o designer Manuel Peres (Portugal). Participaram na competição 900 obras, publicadas em 68 países e em que figuram 71 novos autores.