Pedro Sousa, ao “pé-coxinho”, eliminado do Estoril Open
O português vacilou perante Reilly Opelka, n.º 59 do ranking mundial, num jogo no qual teve problemas físicos desde os primeiros minutos.
Pedro Sousa foi eliminado do Estoril Open, nesta segunda-feira, logo na primeira ronda do ATP 250 português, ao perder frente ao norte-americano Reilly Opelka, por 2-0 (7-6 e 6-4).
No court central do Clube de Ténis do Estoril, o tenista de Lisboa começou logo este duelo “a perder”. No resultado, mas também na condição física. Na primeira partida, o português, tentando responder a um serviço de Opelka, ficou com o pé esquerdo preso à terra batida do Estoril, torcendo-o. Sousa foi assistido e regressou ao court, ainda que em visíveis dificuldades físicas – algo já recorrente na carreira do lisboeta.
Para além das dores no tornozelo, Pedro Sousa teve de lidar com o poderoso serviço do “gigante” Opelka, de 2,11m, que somou oito ases no primeiro set e vários serviços a chegarem aos 220km/h.
A capacidade técnica de Sousa – e a falta de mobilidade de Opelka – espoletou um set equilibrado, com pontos geralmente curtos. No final, o português esteve perto de fazer o 6-5, numa quebra de serviço, mas Opelka acabou por fechar o jogo, colocando pressão num adversário a servir para “salvar” o set.
A pressão não afectou Sousa, que levou o jogo para a “negra”, com um último ponto polémico, no qual Opelka criticou a decisão do árbitro, que considerou boa a bola do português. No tie-break, Opelka canalizou a “raiva” para o court e “despachou” Sousa com uns contundentes 7-2.
No segundo set, Sousa entrou com 3-0, mas permitiu o 3-3, fase em que Opelka não mais permitiu veleidades nos seus jogos de serviço. O norte-americano fechou o 6-4 ao seu melhor estilo, com um “ás”, e vai defrontar o cabeça-de-série Gael Monfils, na segunda ronda.
Sousa dificilmente jogará pares com Gastão Elias
No final da partida, Pedro Sousa confirmou que torceu o mesmo pé que já tinha torcido com gravidade, nesta temporada, mas explicou por que motivo pôde continuar: “Se o Opelka fosse outro tipo de jogador não daria para continuar. Com este tipo de jogador [forte no serviço e pouco móvel] deu para “mascarar” um bocadinho e consegui manter-me perto no marcador. Até tive um break de vantagem, mas não consegui aproveitar e acabei por perder”.
O português garantiu, no entanto, que as dores no pé não foram a chave da derrota. “Não foi o pé. Este adversário é fortíssimo em qualquer condição. E teoricamente até é favorito”, elogiou, avançando, ainda, que dificilmente conseguirá jogar a variante de pares deste Estoril Open.