Terror “em directo” da Nova Zelândia: ERC vai analisar queixas da cobertura jornalística

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social confirmou receber queixas da cobertura jornalística mas não revela quais são os órgãos de comunicação referidos.

Fotogaleria
Polícias armados tentam afastar a população das zonas do ataque EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Membro armado da polícia depois do tiroteio na mesquita Al Noor, em Christchurch Reuters/STRINGER
Fotogaleria
Polícia na zona de um dos ataques desta sexta-feira Reuters/REUTERS TV
Fotogaleria
Vários cidadãos que presenciaram o ataque sentados perto das zonas dos ataques EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Membros de socorro a chegar ao local EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em conferência de imprensa na televisão depois dos tiroteios fatais em duas mesquitas no centro de Christchurch, Nova Zelândia Reuters/REUTERS TV
Fotogaleria
Primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, em conferência de imprensa. Kirribilli House, Sydney, Austrália.,Primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, em conferência de imprensa. Kirribilli House, Sydney, Austrália. EPA/PETER RAE
Fotogaleria
Um dos feridos a ser transportado para um dos meios de socorro no local EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Familiares de uma das vítimas dos ataques desta sexta-feira EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Um viatura atingida pelos disparos EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Mesquita de Masjid Al Noor Mosque na Deans Avenue, uma das mesquitas alvo de ataque EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Familiares das vítimas dos ataques desta sexta-feira EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Polícias armados tentam afastar a população das zonas do ataque EPA/Martin Hunter
Fotogaleria
Testemunhas e polícias no local do ataque Reuters/STRINGER
Fotogaleria
Membros policiais no local Reuters/SOCIAL MEDIA
Fotogaleria
Orações no Bangladesh pelas vítimas do ataque a duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia Reuters/Mohammad Ponir Hossain
Fotogaleria
Orações no Bangladesh Reuters/MOHAMMAD PONIR HOSSAIN
Fotogaleria
Protestos no Bangladesh contra o ataque a duas mesquitas da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia Reuters/MOHAMMAD PONIR HOSSAIN
Fotogaleria
Um membro policial fica de guarda durante as orações de sexta-feira na Mesquita Nacional Baitul Mukarram, no Bangladesh, como medida de segurança extra depois dos ataques em Christchurch na Nova Zelândia Reuters/MOHAMMAD PONIR HOSSAIN
Fotogaleria
Fotografia das munições publicada na conta do Twitter de um dos presumíveis atacantes, com referências a datas e pessoas que estiveram envolvidas em ataques contra imigrantes Reuters/SOCIAL MEDIA
Fotogaleria
Fotografia de um colete à prova de balas e outro material de protecção publicada na conta do Twitter de um dos presumíveis atacantes, com referências a datas e pessoas que estiveram envolvidas em ataques contra imigrantes Reuters/SOCIAL MEDIA
Fotogaleria
Fotografia das munições publicada na conta do Twitter de um dos presumíveis atacantes, com referências a datas e pessoas que estiveram envolvidas em ataques contra imigrantes Reuters/SOCIAL MEDIA

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recebeu esta sexta-feira queixas da cobertura jornalística dos media portugueses do atentado na Nova Zelândia e vai analisar a questão em Conselho Regulador, transmitiu a entidade à Lusa.

A ERC confirmou “a recepção de participações referentes à cobertura jornalística do atentado na Nova Zelândia”, numa resposta escrita a uma pergunta Lusa, sem revelar os órgãos de comunicação social referidos nas queixas. “Esta questão será analisada em conselho regulador”, acrescenta a ERC.

O regulador não revela o conteúdo das queixas, mas as imagens do ataque foram transmitidas em directo no Facebook – e divulgadas, posteriormente, por algumas televisões portuguesas.

O Facebook, o YouTube, e o Twitter estão a ter dificuldades em impedir a circulação na Internet das imagens do ataque desta sexta-feira em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia. Horas depois, imagens detalhadas continuam a circular nas redes sociais.

“Infelizmente, ainda não existe tecnologia para remover este tipo de conteúdo horrendo de forma precisa e automática de serviços de livestreaming”, explicou ao PÚBLICO Hany Farid, professor de ciência da computação na Faculdade de Dartmouth, nos EUA.

Pelo menos 49 pessoas morreram e 48 ficaram feridas esta sexta-feira no ataque a duas mesquitas em Christchurch​, na Nova Zelândia. Os ataques tiveram início às 13h40 (0h40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.

Em conferência de imprensa, o comissário Mike Bush, da polícia neozelandesa, informou que “um homem foi acusado de homicídio” e vai ser apresentado a tribunal pelos ataques contra as mesquitas, situadas no centro da cidade de Christchurch. Segundo o responsável da polícia, as autoridades desactivaram uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.

Christchurch, com cerca de 376.700 habitantes, é a maior cidade da ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.

Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos, nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em directo na Internet o momento do ataque. Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as acções.