Vice-presidente de Álvaro Amaro vai ser o novo presidente da Câmara da Guarda
O ainda líder dos Autarcas Social Democratas, a quem Rui Rio reservou a quinta posição na lista às europeias, deve suspender o mandato na Guarda em meados de Abril.
Álvaro Amaro, número cinco na lista do PSD às eleições europeias de Maio, deixa para trás a Guarda e ruma em breve a Bruxelas e Estrasburgo para cumprir o seu primeiro mandato como eurodeputado, entregando a presidência da câmara ao seu vice-presidente, Carlos Alberto Monteiro.
Ao fim de pouco mais de 17 anos de vida autárquica, o presidente da Câmara da Guarda prepara-se para suspender o mandato - o que deverá acontecer em meados de Abril, altura em que a Assembleia Municipal da Guarda aprovará as contas de gerência de 2018. “Sou um homem de contas em dia e não quero deixar a presidência sem prestar contas à cidade que me elegeu”, disse ao PÚBLICO Álvaro Amaro, momentos antes da conferência de imprensa que convocou esta quinta-feira para se “despedir” da cidade e falar sobre os novos desafios que vai abraçar.
Liderada pelo eurodeputado Paulo Rangel, a lista do PSD ao Parlamento Europeu foi aprovada esta quarta-feira pelo conselho nacional do partido e deverá ser entregue no tribunal no dia 10 de Abril. Dois dias antes, Amaro preside à última reunião da Câmara da Guarda e, uma semana depois, realizar-se-á a assembleia municipal para aprovação das contas de gerência do município.
“Um dos nossos desafios sempre foi dar visibilidade e relevância nacional ao nosso concelho, inscrevê-lo nos referenciais de modernidade, de desenvolvimento e de solidariedade. Fazer da Guarda um exemplo nas mais variadas dimensões da nossa vida colectiva”, declarou o recém-eleito eurodeputado, assinalando que “um desígnio desta natureza e alcance não se cumpre num tempo político limitado”.
Sublinhando que se trata de uma “tarefa de fôlego e de longo prazo”, o antigo secretário de Estado da Agricultura dos governos de Cavaco Silva apelou ao empenho de todos na continuação do projecto político que foi sufragado e declarou ter “orgulho” pelo que fez e pelo que impulsionou no concelho.
Quanto ao projecto europeu, o também presidente dos Autarcas Social Democratas - que em 2013 ganhou a Câmara da Guarda que o PS governava há quase 40 anos -, afirmou que vai contribuiu de “forma mais directa para um projecto de construção europeia em que os interesses relevantes de Portugal (e naturalmente também os da Guarda) se jogam e jogarão no futuro, num contexto político que sugere riscos e até indefinições e que exige uma solidez reforçada nos representantes portugueses em Bruxelas”. No discurso de despedida, Álvaro Amaro prometeu continuar a servir a Guarda.
Com a saída de Álvaro Amaro, que está a dois meses de completar 66 anos, não é apenas Carlos Chaves Monteiro que sobe à presidência da câmara. Cecília Amaro, que era adjunta do presidente e que estava na lista do PSD para as autárquicas em sexto lugar, vai integrar o executivo como vereadora.
Os eurodeputados a eleger a 26 de Maio devem tomar posse no dia 7 de Julho. Nessa altura, Álvaro Amaro já terá de ter renunciado ao mandato de presidente da Câmara da Guarda.