Messi dobra Lyon e Liverpool reforça “armada” inglesa

Barcelona salva honra espanhola com goleada ao ritmo do astro argentino. Bayern, que não falhava os "quartos" desde 2010-11, cai em Munique.

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Reuters/ANDREW BOYERS

Barcelona e Liverpool juntaram-se à armada inglesa composta por Tottenham, Manchester City e United e ainda aos holandeses do Ajax, ao FC Porto e à Juventus de Ronaldo, os oito quarto-finalistas da Liga dos Campeões, que amanhã, no sorteio de Nyon, na Suíça, com início agendado para as 11 horas, conhecerão o trajecto que os separa da final de Madrid, no Wanda Metropolitano.

Depois dos nulos verificados nos jogos da primeira mão dos “oitavos”, em Lyon e em Liverpool, houve uma chuva de golos em Barcelona (5-1) e Munique (1-3), onde os locais dispunham de importante vantagem para resolverem em casa. Algo que os espanhóis aproveitaram sem hesitações, empurrados por um penálti convertido por Messi ao melhor estilo de Panenka. Castigo demasiado cruel para os franceses, prejudicados pela incapacidade revelada pelo VAR em perceber que foi o uruguaio Luis Suárez a pisar Jason Denayer (18’). 

Indiferente a polémicas, o Barcelona estava na frente, cumprindo o saudável hábito de raramente ficar em branco em Camp Nou, onde Messi abriu a noite com o 61.º golo ao 61.º jogo em casa na Champions, números ampliados com o bis decisivo, passando a somar 108 na prova, a 16 de Cristiano Ronaldo.

Desbravado o caminho, já depois de o internacional português Anthony Lopes ter adiado (14’) a sorte dos franceses na eliminatória, com um voo a interceptar o primeiro míssil de Messi, o Lyon ainda tentou o golo que poderia intimidar os catalães. Mas Lenglet não permitiu que Dembélé celebrasse, deixando ao critério de Suárez, ainda à procura do primeiro golo na presente edição da Liga dos Campeões, a altura de simplificar as contas, o que aconteceu à passagem da primeira meia-hora de jogo. O uruguaio, em evidência, criava a oportunidade ideal para o 2-0, que ofereceu ao brasileiro Philippe Coutinho (31’), que só precisou de empurrar para o fundo da baliza de Anthony Lopes. 

O guardião do Lyon haveria de abandonar pouco depois, na sequência de um choque prévio com Coutinho (21’), que limitou ainda mais as opções do treinador Bruno Génésio. Ao Barça bastava confirmar o apuramento, o que tentou no arranque da segunda parte, traído pelo azar de Messi, em dois lances flagrantes. Não marcou o argentino, facturou Lucas Tousart (58’), em novo erro do VAR, que desprezou a carga de Marcelo sobre Lenglet, pressionando os espanhóis. Mas Messi insistiu, não deixando créditos por mãos alheias, facturando o 3-1 (78’) em lance de génio, para assistir Piqué (81’) e Dembélé (86’), arrasando com um Lyon em falência e sem argumentos para ir mais longe.

Mané decisivo em Munique

Em Munique, onde o Liverpool estava obrigado a contrariar a tendência dos últimos jogos como visitante, na Champions (quatro derrotas seguidas), a equipa de Jürgen Klopp sofreu a primeira contrariedade com a lesão do capitão Jordan Henderson, substituído ao minuto 13. Azar compensado pelo golo de Sadio Mané (26’), a aproveitar precipitação de Neuer para marcar primeiro e criar uma almofada importante para suportar o choque. 

Os alemães poderiam ter hipotecado aí as hipóteses, mas recompuseram-se e igualaram, beneficiando de um autogolo de Joel Matip (39’), intensificando o assédio à baliza de Alisson. Solidário, o Liverpool soube sofrer e esperar por nova oportunidade para desferir a estocada fatal, que surgiu num cabeceamento do central Virgil van Dijk (69’). 

A formação bávara percebia, nesse instante, o quão distante ficava de Madrid. E nem com a entrada de Renato Sanches a situação se alterou. Pelo contrário. O Liverpool injectava a última dose de veneno, suficiente para paralisar em definitivo um Bayern incrédulo, a tentar perceber como Salah conseguiu servir Sadio Mané (84’) para, num refrescante mergulho de cabeça, traçar o rumo certo para os quartos-de-final.

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