Ex-ministro da Saúde admite que "podia ter feito muito mais"

Adalberto Campos Fernandes, de saída do Governo, diz que a saúde é "um sector muito difícil, que tem de ser salvo".

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LUSA/ANDRÉ KOSTERS

O ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, confirmou esta segunda-feira que saiu a seu pedido para dar lugar a “outro jogador, com mais energia” e avisou que este “é um sector muito difícil, que tem de ser salvo”.

Frisando que sai “satisfeito” com o seu trabalho, mas ao mesmo tempo “insatisfeito, porque podia ter feito muito mais, com certeza”, Adalberto Campos Fernandes, que falava aos jornalistas, à saída do Palácio de Belém, em Lisboa, após assistir à posse dos novos ministros, sublinhou o "esforço" que a sua equipa desenvolveu "ao longo destes três anos”.

O ex-ministro prometeu ainda ajudar a sua sucessora, Marta Temido, que convidou para a Administração Central do Sistema de Saúde em 2016, instituto do ministério de onde esta saiu no final de 2017.

“O que havia a dizer foi dito, articulado e combinado com o senhor primeiro-ministro. O que eu quero agora é que a nova ministra tenha o maior sucesso. Eu estarei do lado dela para a ajudar”, afirmou o ex-ministro, defendendo que se pode ajudar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “dentro e fora”.

“Estarei do lado do Governo para ajudar, continuando a dizer aos portugueses que é um sector muito difícil, que tem de ser salvo”, acrescentou Adalberto Campos Fernandes, que durante esta cerimónia de posse recebeu um forte abraço do primeiro-ministro, António Costa.

Questionado sobre os motivos pelos quais quis deixar o cargo de ministro da Saúde, respondeu: “Achei que há momentos em que é preciso, tal como numa maratona, numa corrida por estafetas, melhor dizendo, é preciso um outro jogador, com mais energia, com mais capacidade."