Coca-Cola estuda entrada no mercado de produtos com cannabis

Grupo está em conversações com a Aurora Cannabis, empresa canadiana de comercialização de marijuana para fins medicinais.

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Reuters/STRINGER

A Coca-Cola está a estudar a possibilidade de entrar no mercado de bebidas feitas à base de cannabis. Em comunicado citado pelo Financial Times, a empresa diz que está “a analisar de perto a possibilidade”, mas garante que “até agora ainda não foi tomada qualquer tipo de decisão”. 

Em causa está o aproveitamento do canabidiol (CBD) para a produção de bebidas. Trata-se de uma substância química, não psicoactiva, presente na planta de cannabis  e que ajuda a aliviar a dor.  

Neste momento já decorrem negociações entre o gigante norte-americano dos refrigerantes e a maior empresa canadiana de comércio de marijuana para fins medicinais, a Aurora Cannabis. Fonte próxima do processo descreveu as negociações à Bloomberg como “preliminares”, adiantando ainda que a Coca-Cola está também em conversações com outras empresas para estabelecer parcerias ou investimentos em conjunto para entrar neste mercado.

Estas negociações ocorrem numa altura em que o Canadá já legalizou o uso da cannabis para fins recreativos e em que a Coca-Cola está a aumentar os esforços para penetrar em mercados alternativos ao dos refrigerantes —  a Coca-Cola acabou de comprar a cadeia de cafés Costa por 4,3 mil milhões de euros.

O alegado interesse da Coca-Cola fez a aumentar a cotação em bolsa das empresas norte-americanas do sector da marijuana. As acções da Aurora Medicinal subiram 14%, as da Tilray e da Green Organic Dutchman cresceram 6% e as da Organigram aumentaram 3%.

A marijuana já é legal em mais de metade dos estados norte-americanos (31 em 50), apesar de ser ilegal segundo a lei federal. Em Portugal, o uso da cannabis  é permitido pela lei para usos medicinais desde Junho.

Texto editado por Pedro Guerreiro

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