Há dois interessados na concessão do mosteiro de Vila do Conde

Edifício foi colocado no mercado, no âmbito do programa Revive. Propostas são de grupos hoteleiros.

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antigo espaço de reclusão, o Mosteiro pode vir a ser um hotel Adriano Miranda

A Câmara Municipal de Vila do Conde anunciou esta quinta-feira que há duas empresas candidatas à concessão para exploração turística do Mosteiro de Santa Clara, no âmbito do programa estatal Revive.

O prazo para a entrega de candidaturas para a revitalização do icónico edifício vila-condenses terminou esta semana, tendo recebido o interesse das empresas Empreendimentos Turísticos Montebelo, que faz parte do universo do grupo Visabeira, com sede em Viseu, e da Slicedays, empresa de hotelaria com sede nos Açores.

As propostas de ambas empresas para o edifício, que foi integrado no programa Revive e que visa a recuperação e a valorização de monumentos e edifícios nacionais sem utilização, vão ser agora avaliadas pelas entidades competentes.

A concessão a atribuir para o Mosteiro de Santa Clara será por um prazo de 50 anos e obrigará a empresa vencedora a várias intervenções no edifício para a sua readaptação, mas sem poder mexer na sua traça original.

Elisa Ferraz, presidente de Câmara Municipal de Vila do Conde, mostrou-se "satisfeita com mais um passo dado" na recuperação do mais emblemático património da cidade. "Esperamos que o vencedor do concurso apresente uma proposta que devolva vida e dignidade ao mosteiro, através de uma utilização adequada", completou a autarca.

O Mosteiro de Santa Clara, que comemora este ano 700 anos de existência, está na posse do Estado desde 1834, ano em que foram extintas as ordens religiosas, funcionando, posteriormente, durante vários anos, como reformatório e escola profissional. O edifício está sem utilização desde 2007, tendo sido sujeito a obras de manutenção em 2015, a cargo do Município de Vila do Conde, mantendo-se como um dos mais icónicos monumentos do concelho da foz do Ave.

A igreja do mosteiro está classificada como Monumento Nacional desde 1910, e o edifício que o Estado pretende concessionar encontra-se na zona especial de protecção a este bem.