Governo português condena atentado contra Maduro

O líder venezuelano saiu do ileso da tentativa de atentado que aconteceu enquanto discursava em Caracas. Os Governos de Espanha, Rússia e Turquia também condenaram o ataque.

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O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro LUSA/MIRAFLORES PRESS OFFICE / HANDOUT

O Governo português condenou este domingo os acontecimentos de sábado na Venezuela durante as celebrações do aniversário da Guarda Nacional Bolivariana e reafirmou a "rejeição do uso de meios violentos para quaisquer fins políticos".

No breve comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo de Lisboa reitera ainda a "convicção de que a grave crise que a Venezuela enfrenta só poderá ser ultrapassada através de um amplo diálogo e um sólido consenso nacional entre todos os venezuelanos, no pleno respeito pelos princípios democráticos e pelos direitos humanos".

No sábado, e no decurso das celebrações do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), duas explosões, aparentemente provocadas por um drone [avião não tripulado], obrigaram o Presidente da Venezuela Nicolás Maduro a abandonar rapidamente a cerimónia.

O acto, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitido em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Maduro anunciava que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.

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A confusão no local momentos depois da explosão REUTERS/HANDOUT

Espanha, Rússia e Turquia foram alguns dos países que condenaram este domingo o alegado atentado, que deixou Nicolás Maduro ileso mas provocou sete feridos.

O incidente ocorre numa altura em que a Venezuela vive uma situação social e política particularmente tensa, com uma penúria generalizada no país.

A inflação pode atingir os 1.000.000% no final de 2018, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) pode cair 18%.