Cristas admite Estado a produzir medicamentos mas só se for mais barato

Líder do CDS responde à proposta dos comunistas avançada pelo PÚBLICO.

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Cristas responde ao PCP LUSA/Inácio Rosa

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, admitiu nesta terça-feira que a proposta do PCP de produção de medicamentos pelo Estado, avançada pelo PÚBLICO, poderá ser uma ideia interessante, mas apenas se ficar mais barato.

"Se for conveniente, se tiver recursos para isso, e se não ficar mais caro, podemos estar a falar de um caso interessante. Já se ficar mais caro, se não houve recursos para isso, não me parece que seja um bom caminho", defendeu Assunção Cristas.

A líder do CDS-PP falava aos jornalistas após uma visita ao Hospital Amadora-Sintra, no âmbito da qual reuniu com a administração daquela unidade hospitalar, acompanhada das deputadas Isabel Galriça Neto e Ana Rita Bessa e de dirigentes locais centristas.

Assunção Cristas referia-se a um projecto de lei do PCP para converter o Laboratório Militar em Laboratório Nacional do Medicamento, pondo o Estado a produzir medicamentos, com o objectivo de reduzir o seu preço face à produção privada.

"Para nós, não há nenhum dogma em matéria de o Estado poder fazer ou não fazer", começou por dizer a presidente do CDS, prometendo estudar a iniciativa legislativa dos comunistas.

Assunção Cristas insistiu que os centristas não têm "uma visão ideológica e dogmática", mas uma "visão prática, que tem a ver com as condições efectivas que existem ou que se podem criar com facilidade e com vantagem para a qualidade [dos cuidados de saúde] e para o erário público".