Há receitas que me parecem obrigatórias em qualquer gaveta de cozinha. Falo-vos dos clássicos (bacalhau, lasanha, bolo de chocolate, crepes) e outras mais especiais, fruto da criatividade que irrompe sempre que nos posicionamos em frente ao fogão e que nos distingue de alguma forma.
Com tão poucos ingredientes não me posso aventurar demasiado por aqui – os voos mais altos vão estando no blogue – mas, com alguma imaginação, há muitas coisas que se podem fazer mesmo com uma despensa limitada.
A base da receita destes crepes é altamente democrática: podem ser consumidos por pessoas com e sem intolerância ao glúten e servidos com qualquer tipo de cobertura/recheio. Como a massa não é doce nem salgada, há que decidir: doses generosas de chocolate quente e fruta ou frango com legumes salteados?
Diz um ditado francês que comer crepes no “Dia de Chandeleur” (celebrado a 2 de Fevereiro) traz um ano de felicidade – mas não há nenhum adágio que os interdite nos outros dias todos. Não têm de quê.
Do que precisas:
[para 10 crepes]
100 g de farinha isenta de glúten
3 ovos
250 ml de leite magro
1 colher de sopa de manteiga com sal, derretida
Vamos a isto:
1. Peneira a farinha para uma taça. Abre um espaço no meio e junta os ovos e o leite. Mistura bem com uma vara de arames e deixa a massa repousar cerca de 30 minutos.
2. Junta a manteiga derretida e envolve novamente.
3. Numa frigideira anti-aderente e sem gordura, deita pequenas conchas de massa. Espalha uniformemente até obteres uma camada fina. Assim que fizer bolhinhas vira o crepe e doura a outra face (sempre em lume médio-alto).
4. Repete o processo até terminar a massa.
Dica: depois de cozinhados, os crepes que sobrarem (estarei a ser ingénua?) congelam-se em sacos com fecho zip, devidamente separados entre si com papel vegetal.