Alqueva entre os melhores destinos para ver estrelas

O Trivago seleccionou os dez melhores destinos do mundo para turismo astronómico

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Dark Sky Alqueva
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Dark Sky Alqueva

"Um lugar maravilhoso para ver as estrelas, constelações e galáxias distantes durante a maior parte do ano". É assim que o Trivago descreve a região do grande lago do Alqueva, um dos dez destinos mundiais onde é possível fazer turismo astronómico, uma ramificação que, segundo este motor de busca, "está em alta". "Esta atividade que combina cultura, ciência e meio ambiente conseguiu revitalizar e pôr em destaque em termos turísticos lugares que já eram uma referência no mundo da astronomia".

Esta lista surge no mesmo dia em que foi detectado um fragmento de um cometa que penetrou na atmosfera terrestre na vertical sobre Santo Aleixo da Restauração, no concelho de Moura.

 

Ilhas Canárias (Espanha)

Para além de praias de sonho e paisagens deslumbrantes, este arquipélago é também um dos melhores lugares do mundo para observar o universo graças à qualidade dos seus céus estrelados, tornando assim as ilhas de La Palma e Tenerife excelentes destinos turísticos astronómicos. Ambas as ilhas têm certificação internacional Starlight e leis que regulam os níveis de poluição e rotas aéreas.

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Nova Zelândia

Grande Lago do Alqueva (Portugal)

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Namíbia

A região do Grande Lago do Alqueva, no Alentejo, é um lugar maravilhoso para ver estrelas, constelações e galáxias distantes, durante a maior parte do ano. Foi o primeiro destino Starlight no mundo e esta distinção conseguiu unir os municípios do Alqueva para preservar esse recurso especial, tomando medidas sobre a intensidade da iluminação pública, bem como a criação da Star Party Alqueva, um evento onde tudo gira à volta das estrelas e da observação astronómica.

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Islândia

Havelland (Alemanha)

Na região de Havelland é possível desfrutar de muitas atividades culturais e, cada vez mais, de atividades relacionadas com o Astronomia: o seu parque natural foi reconhecido pela IDA - Associação Internacional do Céu Escuro, tornando assim o Parque Natural do Westhavelland uma verdadeira atração da cidade. A qualidade dos céus aqui é tal que é possível, à primeira vista, ver a Luz zodiacal (luz solar dispersa pela poeira no espaço) e o Gegenschein (uma mancha elíptica de luz), bem como a Via Láctea e as Luzes do Norte.

Península de Iveragh (Irlanda)

Conhecido pelo Anel de Kerry, uma rota turística popular em torno da península, esta área é uma parte remota da Irlanda, com pequenas aldeias, praias desertas, vestígios arqueológicos, castelos e parques nacionais. A reserva Kerry International Dark-Sky foi a primeira com este estatuto na Irlanda, tendo inclusivamente alcançado a medalha de ouro, única da Europa. As montanhas Kerry e o Oceano Atlântico protegem a poluição luminosa, tornando possível ver, a partir deste ponto, a Via Láctea e a galáxia Andrómeda.

Islândia

A Islândia é um lugar mágico, cheio de tradições e mitos, conhecida pela sua natureza indómita. Todo o país tem contaminação de luz baixa graças às muitas regiões desabilitadas, tornando-o assim num local ideal para observar estrelas. São, no entanto, as auroras boreais o fenómeno que atrai o maior número de turistas. As opções oferecidas pela ilha são infinitas, desde caminhadas a glaciares e vulcões até visitas a locais históricos, para não mencionar a multiplicidade de atividades organizadas em torno da aurora boreal - fenómeno que pode ser visível em qualquer época do ano enquanto houver escuridão, mas que tem mais visibilidade em Setembro e Abril.

Deserto do Namibe (Namíbia)

O continente africano é praticamente na sua totalidade um santuário da natureza, livre de poluição luminosa e ideal para ver claramente as estrelas. As reservas estabelecidas para proteger e conservar o património natural são lugares perfeitos para admirar o céu estrelado, sendo a Reserva Natural NamibRand uma reserva pioneira: para além de proteger e conservar a ecologia e os animais selvagens do deserto, a sua missão inclui também programas para preservação dos céus noturnos. Em consequência, foi premiado com o reconhecimento do IDA, o primeiro neste continente.

Grande Karoo (África do Sul)

O Grande Karoo é uma região semidesértica com planícies sem fim e um céu limpo. É lá que se encontra Sutherland, uma pequena cidade famosa pelas suas atividades de aventura, mas que a partir do momento em que acolheu o maior telescópio do hemisfério sul tem visto o número de turistas à procura das estrelas aumentar. Este grande olho não só é uma atração turística, como também é utilizado por astrónomos, sendo capaz de explorar o espaço profundo, testemunhando o nascimento e morte de planetas, a observação de galáxias distantes ou ainda a gravação da escala e idade do universo a milhares de milhões de anos-luz de distância.

Deserto do Arizona (EUA)

Cenário emblemático dos filmes do faroeste e paragem obrigatória da Route 66, o Deserto do Arizona é também um local perfeito para assistir ao céu estrelado. Aqui a beleza do céu encontra-se com uma paisagem espetacular resultando numa experiência fora do comum. Muitos dos parques que se estendem ao longo do deserto estão protegidos e são reconhecidos internacionalmente. As regiões de Sedona e Flagstaff são as mais ativas na promoção das atividades astronómicas - passeios ao parque Red Rock State Park, visitas à cratera mais bem preservada do mundo ou ao Observatório Lowell são algumas das hipóteses disponíveis.

Deserto de Atacama (Chile)

Chile é um paraíso para os aficionados da astronomia. As suas características topográficas e climatéricas são ótimas para a observação do universo, sendo mesmo o primeiro destino da América do Sul com o rótulo Starlight. O Chile conta mesmo com mais de 30 observatórios, espalhados por todo o país, e alberga um terço de todos os telescópios do mundo. É no deserto de Atacama, onde estão instalados megatelescópios e observatórios, que se encontra o Observatório de Paranal – o maior observatório astronómico do universo. Aqui aos visitantes têm acesso a tours astronómicas para aprender a reconhecer as principais estrelas, os planetas e constelações.

Parque Nacional Aoraki / Mount Cook (Nova Zelândia)

Importante destino turístico para os amantes de escalada e montanhismo, o Monte Cook é berço da primeira reserva dos céus escuros do hemisfério sul, a Reserva Aoraki Mackenzie, considerada a maior do mundo. A partir daqui é possível observar alguns dos fenómenos noturnos do hemisfério sul como a Aurora austral ou as nuvens de Magalhães. Todos os anos em Outubro a reserva recebe o Festival Starlight, um evento que celebra a criação da reserva com atividades educativas sobre as estrelas, o céu, os problemas da poluição luminosa, bem como a valorização do ambiente e do espaço exterior.

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