Saí de casa com o sol a bater à porta e entrei no supermercado. Demorei-me menos de 20 minutos, de lista feita e sem filas de espera. Comprei queijos, fruta fresca, carne, peixe e iogurtes magros.
De há uns meses para cá, a minha vontade de devorar doces eclipsou-se – como o sol que já tinha ido à sua vida. Não sonho com as bolas de Berlim do Natário, com a aletria cremosa que chega ainda a fumegar ou com as fatias de bolo de chocolate ali de Miguel Bombarda.
Esta semana, determinada a contrariar o açúcar que já não me deve correr no sangue, fiz duas taças de marmelada e três copos de cheesecake.
A marmelada é uma daquelas coisas interditas a quem está a fazer dieta porque leva açúcar em doses grotescas (a receita clássica pede a mesma quantidade de marmelos e de açúcar – eu só usei metade, entre branco e amarelo).
Com os cheesecakes, a história foi outra. Como não me apetecia nada doce, eliminei logo o açúcar dos ingredientes – o do iogurte seria o suficiente.
Levei a primeira colher à boca, depois outra e, quando me apercebi, já nada restava. Gosto destas sobremesas que me inspiram vontades.
Do que precisas:
[Para 3 copos]
15 bolachas Maria + extra para decorar
120 g de queijo philadelphia magro
2 iogurtes gregos ligeiros (açucarados)
Framboesas, a gosto
Vamos a isto:
1. Tritura grosseiramente as bolachas num processador de alimentos, sem as reduzir a pó (a piada é encontrar pedacinhos para trincar).
2. Numa taça, mistura o queijo creme com os iogurtes e envolve bem com uma vara de arames até ficar sem grumos.
3. No fundo de cada copo, dispõe a bolacha e cobre com a mistura de queijo e iogurte em doses iguais.
4. Decora com pedaços maiores de bolacha, framboesas e pequeninas folhas de hortelã (facultativo).
5. Leva ao frigorífico por, pelo menos, duas horas.
Dica: para fazeres uma calda simples, leva um pequeno tacho ao lume com dez framboesas e duas colheres de sopa de água. Junta um pouco de stevia para adoçar (ou uma colher de açúcar amarelo) e assim que fervilhar reserva o suco e verte-o sobre o cheesecake.