Um novo dispositivo a ser adicionado a um "smartphone" pode ser capaz de diagnosticar com precisão, e de forma mais barata, um cancro, informaram esta segunda-feira, 13 de Abril, investigadores norte-americanos. Conhecido como D3, o dispositivo foi projectado para ser usado por médicos especialistas, e não pelo público, e até agora parece ser tão preciso quanto os testes mais profundos e caros, mas a um preço de 1,80 dólares por paciente, qualquer coisa como 1,7 euros. "Acreditamos que a plataforma que desenvolvemos fornece os recursos essenciais a um baixo custo extraordinário", disse o co-autor do dispositivo Cesar Castro, médico do Centro de Cancro do Hospital Geral de Massachusetts e do Centro de Sistemas Biológicos.
O D3 faz um diagnóstico digital através de um sistema de módulo de imagem com uma luz LED alimentado por bateria que se encaixa no "smartphone", que grava os dados de imagens em alta resolução através da câmara. "Com um maior campo de visão do que a microscopia tradicional, o sistema 3D é capaz de gravar dados em mais de 100.000 células a partir de uma amostra de sangue ou tecido numa única imagem", disse o médico.
O processo envolve a adição de microesferas numa amostra de sangue ou tecido. Estas microesferas ligam-se a moléculas relacionadas com cancros conhecidos, explicou. A amostra é em seguida carregada no módulo de imagem D3. Os dados podem ser depois enviados para um servidor de processamento e os resultados podem ser reenviados para um médico em minutos ou horas, em vez de dias ou semanas.
Segundo o estudo, um teste piloto com amostras de biópsia do colo do útero de 25 mulheres mostrou um nível de precisão que combinava com o actual padrão da indústria para testes de diagnóstico. O D3 diagnosticou também com precisão linfomas. Mais pesquisas são necessárias para um maior número de cancros para verificar as conclusões preliminares do novo dispositivo.