Defesa afunda Portugal

Com duas derrotas e um empate, a selecção nacional foi última no Grupo B da terceira etapa do Rugby Europe Sevens Grand Prix Series de 2014

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De que é que vale dominar os jogos, ser competente no ataque e mostrar que se é superior ao adversário quando não se sabe defender? Pelo que se viu neste sábado em Manchester, na penúltima do Rugby Europe Sevens Grand Prix Series de 2014, não vale de nada. Com um empate frente à França e derrotas contra a Alemanha e o País de Gales, Portugal está fora da Cup e vai voltar ao “grupo dos últimos”.

Foram três exibições e três resultados de difícil digestão. Ao contrário do que tinha acontecido em Lyon, na etapa inaugural da prova, onde as prestações de Portugal foram muito más, a selecção nacional até conseguiu exibir-se em bom nível em Manchester, mas quando as equipas adversárias marcam ensaios em praticamente todos os ataques que realizam, algo de errado se passa.

O Grupo B para a selecção nacional começou com um duelo frente à Alemanha, uma equipa que nas duas etapas anteriores só tinha conseguido vencer a Itália e a Bélgica na fase de grupos. Num jogo que não foi transmitido para Portugal, os portugueses até chegaram ao intervalo na frente (7-5), mas de forma surpreendente acabaram batidos, por 14-19.

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O duelo seguinte foi contra a França, teoricamente o adversário mais complicado, e o que se viu no relvado de Manchester foi uma equipa nacional claramente melhor do que os gauleses. Portugal dominou o jogo quase por inteiro, teve quase sempre a bola, e adiantou-se no marcador com um ensaio de Vasco Fragoso Mendes, mas depois, de forma inexplicável, a França marcou sempre que teve a bola na mão: três ensaios muito facilitados, sempre com falhas de placagens claras.

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A perder por 7-19, Portugal voltou para a segunda parte a mandar outra vez e, mostrando ser melhor e contando com a inspiração de Vasco Fragoso Mendes (o jogador do Direito fez um hat-trick) passou para a frente, por 26-19 – David Mateus fez o outro ensaio nacional.

Parecia que o caminho certo estava reencontrado, mas na “bola de jogo”, a defesa portuguesa voltou a ser pouco agressiva e a França não desaproveitou a benesse. Sem ter feito muito por isso, os franceses garantiam o empate (26-26) e complicavam a tarefa nacional.

Porém, nada estava ainda perdido. Restava um último jogo, contra uma equipa do País de Gales que não tinha impressionado nos dois duelos anteriores, e o início do confronto mostrou que a vitória estava ao alcance de Portugal. E com uma entrada no jogo, o ensaio não demorou: excelente abertura ao pé de Pedro Leal para Bernardo Seara Cardoso e 7-0.

Mas depois, o filme anterior repetiu-se. Portugal dominava e jogava melhor, mas o País de Gales recuperou duas bolas, a defesa facilitou e no final dos primeiros sete minutos, sem saberem bem como, os britânicos estavam a ganhar (7-14). Para complicar ainda mais o cenário, o segundo tempo começou com mais um ensaio galês (7-19), mas a atacar Portugal ainda era competente e depois de Fragoso Mendes voltar a brilhar ao marcar um ensaio em força, o “4” português roubou um alinhamento galês e só parou na linha de ensaio.

Com 19-19 e tempo para mais uma jogada, a selecção nacional voltava a ter possibilidades de chegar à Cup, mas a bola foi parar a mãos galesas e o desfecho repetiu-se: tentativas de placagens altas inconsequentes, ensaio do rival, derrota por 19-26. Com o último lugar no Grupo B, Portugal já não pode aspirar em Manchester a melhor do que o nono lugar, mas para isso terá que começar por ganhar neste domingo à Itália, que no Grupo C perdeu contra a Geórgia, a Espanha e a Escócia.

Quartos-de-final da Cup:

Inglaterra-Alemanha

Espanha-Bélgica

França-País de Gales

Escócia-Rússia

Meias-finais da Bowl:

Geórgia-Roménia

Portugal-Itália

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