Swordfish é um hostel português amigo do ambiente

Esta unidade hoteleira “low cost” em Peniche é decorada com caixas de vinho, paletes, rolhas de cortiça e frascos vidro. Um hostel amigo do ambiente que tem recebido sobretudo estrangeiros

Fotogaleria
DR
Fotogaleria
DR

Caixas de vinho, paletes, rolhas de cortiça, caixas de fruta e frascos de vidro são utilizadas na decoração do Swordfish Hostel, em Peniche, que abriu portas no Verão de 2013. ”Queríamos um conceito diferente, mais ecológico”, conta ao P3 Emanuel Neves, 28 anos, um dos criadores deste hostel considerado ecológico.

Para criar este alojamento “low-cost” e com uma decoração alternativa, e ao mesmo tempo amiga do ambiente, Emanuel uniu-se a Luís Balau, 29 anos. Ambos tinham sido colegas na Escola Superior da Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Leira. 

A decoração foi baseada no conceito “upcycling”, que consiste na valorização de resíduos ou objectos sem utilidade. “Por exemplo, as paletes servem de sofás e de mesa na sala, as caixas de fruta serviram para revestir os móveis da cozinha e as rolhas de cortiça para tabuleiros”, afirma Emanuel.

Foto

Turismo verde com surf e bicicleta

Mas a preocupação destes jovens com o ambiente não se fica apenas pela decorção. O hostel oferece aos clientes ideias de turismo verde e promove actividades lúdicas, como o “aluguer de bicicletas, que permite aos hóspedes explorar a costa de Peniche ao seu próprio ritmo”.

Como actividades, o Swordfish aconselha ainda as aulas de surf e de mergulho, uma vez que possibilitam um contacto directo e privilegiado com a natureza. “São todos profissionais certificados. Uma das nossas parcerias é a Haliotis, que é responsável pelas aulas de mergulho” diz.

Segundo Emanuel, sendo impossível ficar indiferente à “decoração diferente”, os hóspedes acabam por “perguntar como se faz”, “que materiais e ferramentas são utilizadas” chegando mesmo a “pedir conselhos”. “Querem saber como funciona para depois utilizarem estas ideias para aplicar em casa ou no escritório” conta.

Emanuel afirma ainda que em tempos de crise, como o hostel é um produto económico e pertence a um mercado emergente, acaba por ter um pouco de sorte. “ Existe uma grande preocupação na pegada ecológica e cada vez mais as pessoas pensam em ser amigas do ambiente” afirma. O objectivo agora é tornarem-se no futuro ainda mais ecológicos, adoptando não só painéis e fornos solares, mas também filtros naturais para purificar água.

O Swordfish Hostel tem sido opção turística de clientes nacionais e internacionais. Composto por quatro quartos temáticos, duas casas de banho, uma cozinha, dois terraços e uma sala, tem capacidade para 12 pessoas. “93% dos nossos clientes são estrangeiros, maioritariamente europeus”, revela. No futuro, pretendem abrir um outro hostel mas “direcionado apenas para os surfistas”.

Sugerir correcção
Comentar