Relatório sugere alterações na fita do tempo
As falhas na fita do tempo foram um dos problemas identificados pelo relatório da Comissão Técnica Independente sobre o incêndio de Pedrógão Grande. Agora, o relatório interno da Autoridade Nacional de Protecção Civil aponta esses mesmos problemas e sugere alterações de fundo no modo como este registo deve ser tratado.
Mexidas no sistema SADO
No registo que foi retirado do SADO, a plataforma a que vários agentes têm acesso para colocar informações relevantes na chamada fita do tempo, há várias inconsistências. O relatório relata algumas: “Pouco rigor que a fita do tempo apresenta quanto a certos aspectos; não há harmonização nas designações empregues; faltam algumas identificações sobre elementos presentes no teatro de operações; e o topo de descrição de cada comunicação não apresenta padronização”, concluiu. Por isso, uma das principais recomendações esta relacionada com a linha do tempo. De acordo com os auditores, esta ferramenta “carece de melhoramentos”, precisa de “uma actualização e introdução de um maior número de valências”.
Formação dos operadores de comunicações
Os auditores assumem que é preciso uma “mudança de metodologia”, uma vez que o registo nas fitas do tempo tem de ser um “processo regulado, padronizado e do conhecimento de todos os operadores de comunicações”. Diz a DNAF que os registos actuais mudam conforme o operador que estiver a trabalhar e não há “harmonização”. Na prática, admitem que algumas informações sejam registadas de forma automática.
Operacionais no terreno
Actualmente, quando a ANPC diz que estão 300 operacionais no terreno, podem, na verdade, estar apenas 50. Isto porque os dados que constam dos registos misturam os operacionais que estão efectivamente no terreno e os que foram mobilizados e estão em viagem. A DNAF sugere que se faça essa separação.