A Comissão Europeia e os Estados-membros vão modernizar e melhorar a rede europeia de procura de emprego EURES para facilitar os contactos entre os candidatos a um posto de trabalho e os empregadores, foi anunciado esta segunda-feira.
A decisão destinada a modernizar e melhorar a rede EURES foi adoptada esta segunda-feira pela Comissão Europeia e terá de ser aplicada pelo executivo comunitário e pelos Estados-membros, “o mais tardar”, em Janeiro de 2014.
“Até essa data, todos os países participantes terão de designar serviços especializados para organizar a reforma, trabalhar com novos parceiros e desenvolver os serviços específicos necessários”, avança a Comissão Europeia, em comunicado.
A EURES é a rede europeia de serviços de emprego que visa facilitar a mobilidade dos trabalhadores a nível transnacional e transfronteiriço, integrando atualmente 31 países.
Segundo Bruxelas, a reforma “multiplicará o número de parceiros que prestam serviços de mobilidade através da rede EURES e estabelecerá uma cooperação entre organismos de emprego públicos e privados, a fim de abranger uma percentagem ainda mais elevada de ofertas de emprego — actualmente cobre entre 30% e 40% das vagas existentes”.
O objectivo desta reforma é, segundo a Comissão Europeia, ajudar os candidatos a emprego a entrar mais facilmente em contacto com empregadores que procuram competências específicas, centrar a atenção nos sectores e nas profissões em que existem défices de qualificações e apoiar actividades de mobilidade específicas para os jovens.
50 mil colocações
A rede EURES orientará, assim, as pessoas que procuram trabalho e as que pretendem mudar de emprego para as vagas existentes.
Paralelamente, proporcionará aos empregadores “um melhor acesso a listas de candidatos, onde poderão encontrar as competências de que necessitam para desenvolver e expandir as suas empresas”.
A reforma inclui ainda a renovação do portal EURES. Esta página na Internet disponibiliza informação em 25 línguas sobre as condições de vida e de trabalho nos 31 países que integram a rede e “estabelece 150 000 contactos por mês entre candidatos a emprego e empregadores, que conduzem a cerca de 50 000 colocações por ano”, segundo Bruxelas.
O comissário do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, László Andor, defendeu que “a solução para os actuais níveis inaceitáveis de desemprego pode passar pela melhoria da mobilidade dos candidatos a emprego entre os Estados-membros”, acrescentando que as melhorias na rede EURES permitirão “ajudar as pessoas que estão dispostas a ir trabalhar para outro país a encontrar ofertas de emprego adequadas e ajudar os empregadores a encontrar trabalhadores com as qualificações que procuram”.
Actualmente, os cidadãos da UE que vivem num Estado-membro diferente do da sua nacionalidade representam 3,1% da força de trabalho da União.