Bolseiros reclamam fim da "grande precariedade"

"Petição Sem Ciência não há futuro" reclama a resolução de problemas como o atraso no pagamento de bolsas e pede a Crato que regularize a transferência de verbas para pagar bolsas

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A carta intitula-se “Sem Ciência não há futuro” Carla Carvalho Tomás/ arquivo

Bolseiros de investigação científica entregaram, na manhã desta terça-feira, uma carta aberta ao ministro da Educação e Ciência, para reclamar a resolução de problemas como o atraso no pagamento de bolsas.

Na carta intitulada “Sem Ciência não há futuro”, entregue no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, os bolseiros de investigação científica pretendem denunciar a “grande precariedade” das suas condições de trabalho, caracterizada por atrasos no pagamento de vencimentos e renovação de bolsas, por parte da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). 

“Representa um impensável desperdício económico em época de crise”, porque “é o investimento de décadas na Educação que agora abandona o país”, alertam os autores da carta, que é também uma petição que já recolheu mais de 3200 assinaturas através da Internet. 

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Os bolseiros fazem vários apelos a Nuno Crato Miguel Manso

Os bolseiros reclamam de Nuno Crato que ajude a regularizar a transferência de verbas destinadas a pagar bolsas por parte da FCT, que deve dar “prioridade à análise” das candidaturas a bolsas, e pagar a sua parte do seguro social voluntário, que os bolseiros pagam a dobrar, e pelo qual demoram meses a ser reembolsados. 

Sobre o processamento de bolsas, os investigadores reclamam também um melhor sistema de atendimento telefónico e correio electrónico, para dúvidas e queixas. 

Os bolseiros reclamam ainda do ministro Nuno Crato que interceda junto dos seus colegas no Governo, para que o executivo “assuma, como prioritária”, uma política que favoreça a criação de emprego, para absorver a mão-de-obra qualificada do sector.