Um catálogo da Ikea com as Pussy Riot como protagonistas pode ter sucesso? Sim. A Ikea gosta da ideia? Aparentemente não.
Numa secção que a marca dedica aos clientes e onde os cibernautas podem votar na sua imagem preferida, apareceu uma imagem de uma catálogo da marca sueca com quatro mulheres com uma balaclava como protagonistas.
A fotografia foi enviada por uma pessoa que assinava com o nome Starovoitovade, a partir de Ekaterimburgo. A Ikea decidiu retirar a imagem pouco depois, num momento em que era já a mais votada da semana, com 1431 "likes".
Os protestos inundaram de imediato o site e a marca justificou-se com um aviso no próprio portal: "A Ikea é uma organização comercial que opera fora da política e religião."
O grupo punk feminista - que ficou mediático depois de, em Março, ter cantado uma "oração punk" anti-Putin na Catedral de Cristo Salvador, em Moscovo -, não ficou indiferente e lamenta a decisão da Ikea: "Podiam ter ganho muito com esta imagem, mas não o fez por medo. As ideias e convicções das Pussy Riot são mais amplas e profundas do que as da marca".
Três das integrantes da banda foram presas no dia 17 de Agosto, acusadas de vandalismo, e cumprem uma pena de dois anos de prisão efectiva.