O festival consecutivo mais antigo de Portugal continental celebra, este ano, o vigésimo aniversário com 20 actuações musicais e um conjunto de actividades culturais, repartidas entre o mítico Hard Club e os jardins do Palácio de Cristal, no Porto.
Dos concertos da actual edição das Noites Ritual, destacam-se a actuação de Dead Combo e a Real Orquestra das Caveiras, e Wraygunn, na sexta-feira, e PAUS e A Naifa, no sábado.
Ainda ao longo da semana, de 27 de Agosto a 1 de Setembro, há uma variedade de actividades paralelas, a decorrer no Hard Club, entre as quais, exposições, workshops, mostras de graffiti, teatro e animação. Além disso, todos os dias, à noite, depois dos eventos, o público pode assistir a, pelo menos, dois concertos.
Orçamento inalterado
“Não houve um orçamento maior por serem os 20 anos“, conta Carlos Vieira, responsável pela organização do festival. “As Noites Ritual existem desde 1992 e sempre tiveram actividades paralelas, mas ao comemorar os 20 anos, também quisemos dizer às pessoas que, para além da música, o festival decorre com montes de actividades.”
O festival portuense, visitado por milhares de pessoas todos os anos, é conhecido por “descobrir” bandas portuguesas emergentes, como foi o caso dos “Mesa” e dos “Dealema”, antes de se tornarem bandas populares.
“A filosofia das Noites Ritual é, primeiro, o sentido estético”, refere o responsável. “Há um critério de escolha de bandas e de estilos” e “depois interessa que as pessoas vejam coisas novas”, acrescenta.
Espaço para todos os estilos
Desde o metal mais hardcore à música pop, Carlos Vieira garante que nenhum estilo fica para trás. “Ao fim de 20 anos e ele ainda existe, só quer dizer que é bom”, afirma, ao salientar o balanço “positivo” do festival.
A iniciativa da Câmara Municipal do Porto, é, para Carlos Vieira, um projecto que depende de todos: “O festival Noites Ritual não é de uns ou de outros, mas de um conjunto de pessoas que trabalha para um objectivo comum." "E isso é o mais gratificante”, revela.
As actividades paralelas são de entrada gratuita e os concertos no Palácio de Cristal custam cinco euros, válidos para os dois dias. "É mais uma contribuição das pessoas que vão e que gostam porque só assim também o festival se pode auto-sustentar”, justifica.