Thom Andersen (Chicago, 1943) está novamente em Portugal. O cineasta e professor norte-americano está a rodar o seu novo filme baseado na obra do arquitecto Eduardo Souto de Moura. O filme vai chamar-se “Ruínas”, avança Dario Oliveira, director do Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, e será filmado no Porto.
Dario Oliveira conta ao P3 que tinha convidado Thom a realizar uma curta-metragem sobre o Norte de Portugal, sendo que o cineasta se decidiu pelo legado do arquitecto, de 59 anos, prémio Pritzker 2011. Dario, que considera Thom "uma figura de relevo" no panorama cinematográfico mundial, não tem dúvidas: “Souto de Moura é seguramente o arquitecto português favorito de Thom”.
“Ruínas” será o filme de abertura da 20.ª edição do Curtas Vila do Conde: “Há aquela ideia de que um belo edifício terá sempre uma bela ruína”, diz o director do festival. A última estada de Thom em Portugal aconteceu no âmbito da 19.ª edição deste festival, em Julho de 2011, onde, de resto, venceu o prémio de Melhor Documentário com o filme “Get Out of the Car” (2010).
Thom Andersen na Casa da Música
Thom Andersen estará também presente na 39.ª edição do ciclo de conferências “Em Trânsito”, uma iniciativa organizada pela Ordem dos Arquitectos da Secção Regional Norte (OASRN), este ano em parceria com o projecto Estaleiro da Curtas. A conferência "Space in Film and Architecture" - que será proferida em inglês, sem tradução - terá lugar na próxima segunda-feira, dia 9 de Janeiro, às 22h00, na Sala 2 da Casa da Música, no Porto. As entradas já se encontram à venda por quatro euros.
O convite deve-se ao facto de Thom Andersen ter dado especial destaque à arquitectura nos seus últimos filmes: “Há uma forma de viver e filmar o espaço” e tanto “a Arquitectura como a Arqueologia são muito queridas ao cineasta”, remata Dario. A OASRN diz que esta é a primeira vez que convidam um orador que não está intimamente ligado à arquitectura.
A sessão mais emblemática do "Em Trânsito" juntou na Sala Suggia da Casa da Música Eduardo Souto de Moura e Álvaro Siza Vieira, em Abril de 2009.