João Seabra, o criativo que considera que “a crise é óptima”
O co-fundador da Jump Willy, uma empresa especializada em 3D, 2D e composição musical, acredita que "as crises superam-se através da criatividade"
Adora viajar e tem uma paixão pela animação digital em 3D. O trabalho desenvolvido nesta área já foi distinguido pela União Europeia com o prémio "Young European Creative Talent". Falamos de João Seabra, de 30 anos, considerado um "prodígio" no mundo do 3D. O criativo não tem dúvida: "As crises superam-se através da criatividade".
Aos 27 anos, em 2008, fundou a Jump Willy, uma empresa que presta serviços em 3D, 2D e composição musical em sociedade com o compositor Pedro Marques. O nome, diz, chegou com um episódio da famosa série de animação “The Simpsons”, quando esta gozava com o filme “Free Willy”.
A maior fatia das receitas da Jump Willy deve-se à exportação (cerca de 70% para fora do continente europeu). Entre os clientes constam nomes como, por exemplo, BMW, TMN, H&M e Unicer. Os trabalhos mais recorrentes são sobretudo publicitários.
“A crise é óptima”
Até ao momento tem nove trabalhadores a seu cargo, sendo que, em Janeiro de 2012, três novas pessoas irão integrar a equipa desta empresa que, segundo João Seabra, aposta na criatividade e não em projectos megalómanos.
“A crise é óptima”, afirma convictamente o jovem, que diz, também, não pretender nunca ser o maior, mas o melhor. Presentemente, João dedica-se a tempo inteiro à Jump Willy, lecciona, de modo pontual, cadeiras de mestrado e é orador convidado em várias palestras, como a TEDxYouth.
João diz que nunca teve dúvidas sobre o que queria ser. Nasceu em Lisboa, mas aos seis anos mudou-se para o Porto, onde permanece desde então. Depois de frequentar a Escola Artística Soares dos Reis, ingressou na Licenciatura em Som e Imagem, na UCP (também no Porto) que terminou em 2004, altura em que começou a leccionar cadeiras no mestrado a convite da mesma instituição. Mais tarde decidiu prosseguir estudos e, em 2010, concluiu o mestrado em Artes Digitais.
Em 2009, aos 28 anos, na sequência do Ano Europeu da Criatividade e Inovação, João foi distinguido em Bruxelas, pela União Europeia, com o prémio “Young European Creative Talent” pelas propostas apresentadas para solucionar a crise que começara no Verão desse ano. Foi um dos 20 escolhidos na área da Comunicação e Media.