Uma jovem bielorrussa radicada em Portugal há 11 anos foi distinguida com o Prémio Empreendedor Imigrante da Plataforma Imigração pela sua “capacidade empreendedora” e “integração inovadora” no contexto socioeconómico português.
Foi com “admiração” e “contentamento” que Yuliya Pozdniak, 31 anos, recebeu a notícia que tinha vencido o prémio: “Ainda não acredito, só quando estiver na cerimónia é que vou acreditar”, disse à agência Lusa.
Apesar de se ter licenciado em Economia Mundial e Relações Económicas Internacionais na Universidade de Gestão da Bielorrússia, Yuliya Pozdniak sempre sonhou ser designer. Para concretizar esse sonho, a bielorrussa complementou a sua formação de “Arte em Computação Gráfica” na Instituição Educacional STAXIS, em Minsk.
Em Portugal, frequentou diversas acções de formação profissional em novas tecnologias de informação, bem como no reforço de competências na área de consultoria informática e nas áreas económico-financeiras.
Portugal apesar da crise
Aos 20 anos, Yuliya Pozdniak decidiu viajar para Portugal ao abrigo de um programa de intercâmbio universitário na cidade do Porto. “Vim para Portugal para trabalhar durante três meses e aprender uma língua estrangeira”, contou a bielorrussa, que entretanto recebeu um convite de amigos para trabalhar como designer numa loja de moveis no Porto.
Em 2010 criou a sua própria empresa, tendo realizado diversos trabalhos de desenvolvimento e design de directórios digitais temáticos de natureza corporativa e empresarial, bem como múltiplos projectos de natureza sociocultural e educativa, na promoção da cultura e do turismo portugueses.
Para a jovem, a atribuição do prémio foi “o reconhecimento” do seu trabalho: “Fiquei muito contente porque fez-me sentir que fiz algo importante na minha vida”, comentou. Yuliya Pozdniak confessou que “foi difícil fazer crescer a sua empresa, que exige muitas horas de trabalho e dedicação”.
“Tenho sempre de trabalhar e continuar a estudar porque a tecnologia avança muito rapidamente e temos de estar actualizados”, sublinhou. A jovem pretende ficar a viver em Portugal: “Apesar da crise, Portugal é dos melhores países da Europa, tem muito sol, as pessoas são muito simpáticas e sempre me ajudaram. Por isso, consegui integrar-me no país”.