O Google apresenta nesta quarta-feira à noite a sua plataforma de venda, armazenamento e gestão de ficheiros musicais. Será um concorrente do iTunes, que permitirá aos utilizadores armazenarem canções "online" e ouvirem-nas em múltiplos dispositivos.
Esta plataforma deverá chamar-se Google Music, a fazer fé nas notícias já avançadas pelos media especializados. A apresentação vai decorrer em Los Angeles, terá transmissão online no YouTube (a partir das 21h em Portugal contintental) e implica a entrada do Google num terreno muito caro à Apple: a venda e armazenamento de ficheiros musicais, terreno que a Apple já começou a desbravar há quase uma década quando, em 2003, abriu a sua loja musical iTunes.
De momento, este serviço estará apenas disponível nos EUA, mas é esperado que esta plataforma se estenda ao resto do mundo nos próximos meses.
O Google Music irá oferecer aos utilizadores a possibilidade de comprarem canções ou álbuns mediante pagamento imediato e a possibilidade de usufruírem de serviços áudio em "streaming".
Ainda não se sabe exactamente quanto vai custar o serviço, algo fundamental para o Google poder fazer frente à plataforma iTunes. A agência "Bloomberg" avança nesta quarta-feira que as canções poderão custar entre 99 cêntimos de dólar e 1,29 dólares, valores que andam próximos dos praticados pelo iTunes.
O Google - dono do mais popular motor de busca em todo o mundo - tem vindo a expandir os seus negócios para os sectores da música, televisão e filmes para estimular a venda de dispositivos móveis equipados com o seu sistema operativo Android e, por outro lado, fornecer aos utilizadores da sua rede social Google+ a possibilidade de partilharem mais conteúdos.
O gigante tecnológico ainda só conseguiu assinar acordos com a editora Universal e que a Sony e a Warner ainda estão a pensar se aceitam ou não participar neste esquema.
Porém, de acordo com a agência "Bloomberg" - que cita fonte próxima do processo - o acordo entre o Google e a Sony já foi estabelecido, bem como parcerias com a EMI e a Vivendi.
De acordo com o “The Wall Street Journal”, a Warner permanece reticente, porque considera que o Google - e principalmente o YouTube - não se têm esforçado o suficiente para combater a pirataria no sector da indústria musical.