Google emite 1,5 milhões de toneladas de CO2 por ano
Apesar da aposta nas energias solar e eólica, Google emite actualmente mais dióxido de carbono do que o Laos
Pela primeira vez, o Google revelou a sua pegada carbónica. O gigante da Internet emite, por ano, o equivalente a 1,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2).
Com estes 1,5 milhões de toneladas de CO2, o Google emite anualmente mais do que o Laos, por exemplo. Portugal emitiu o equivalente a 75 milhões de CO2 em 2009, o ano com dados mais recentes.
De acordo com as contas do Google reveladas dia 9 de Setembro, no total, um utilizador padrão gera anualmente o equivalente a 1,46 quilos de CO2 ao consumir os seus vários serviços.
Aposta em energias renováveis
Segundo o gigante tecnológico, com sede na Califórnia e que emprega em todo o mundo 29 mil funcionários, os escritórios da empresa aderiram aos painéis solares nos telhados ou a programas de utilização da bicicleta para ajudar a retirar automóveis das estradas.
Além disso, o Google tem apostado na eficiência energética e nas energias renováveis, especialmente eólica e solar. Em 2010, o consumo de energia da empresa foi suprido em 19 por cento por renováveis. Este ano, o Google espera atingir os 25 por cento.
Ainda assim, o total da sua pegada carbónica tem continuado a aumentar, um sinal, diz a empresa, do aumento do número de utilizadores.
Na verdade, o aumento da actividade online nos últimos anos tem feito com que a Internet se tenha tornado um significativo consumidor de energia. No ano passado, um relatório da Gartner – uma empresa de consultoria na área da tecnologia – estimou essa pegada em cerca de 300 milhões de toneladas de CO2 por ano.
“Temos visto muita liderança do Google em termos de sustentabilidade, mas não em termos de transparência”, comentou ao "The Guardian" Gary Cook, analista da organização Greenpeace Internacional.
“É bom vê-los, finalmente, a apresentar a sua pegada carbónica, para que se possa começar um debate a sério sobre o consumo de energia pelos serviços online”, acrescentou. Mas agora “precisamos de ver outros a fazer o mesmo”, disse Cook.