Preparação para Tóquio 2020 com financiamento “substancialmente superior”
Contrato-programa prevê a obtenção de pelo menos duas medalhas.
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto enalteceu o equilíbrio nas condições dadas aos atletas paralímpicos e olímpicos, com vista aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, mas frisou que os resultados não podem ser somente avaliados por medalhas.
João Paulo Rebelo marcou presença na apresentação dos programas de preparação olímpica e paralímpica, em Oeiras, considerando "absolutamente extraordinário" o investimento do Estado: 18,5 milhões de euros para o primeiro e 6,9 ME para o outro. "É o caminho de convergência que queremos fazer entre os atletas paralímpicos e olímpicos, naquilo que são as suas bolsas de preparação, nos apoios, nas condições e, desde logo, aos treinadores, aos técnicos que têm que ser dados", começou por referir, à margem da cerimónia.
João Paulo Rebelo lembrou que o financiamento é "substancialmente superior", com um aumento de 13,5% no programa olímpico e de 82% no paralímpico, face aos Jogos do Rio de Janeiro 2016, esclarecendo, no entanto, que quer assistir a bons desempenhos, mas sem colocar a pressão de medalhas. "Eu tenho esta pedagogia de que não devemos reduzir tudo a medalhas. A nossa participação não pode ser avaliada apenas pelas medalhas, tem que ser visto por aquilo que tem sido a evolução e os resultados dos atletas. Evidentemente que os pódios também contam e estão incluídos nos objetivos dos próprios atletas", declarou.
Por fim, deixou também uma palavra a todos os que contribuíram para a vertente tecnológica, nomeadamente aos centros de investigação e às empresas. "Queremos que em Tóquio 2020 aconteça uma melhor performance. O que hoje estamos aqui a mostrar também é no fundo o que as empresas, as universidades, os centros de investigação têm trabalhado para uma melhor performance desportiva, um melhor desenvolvimento e inovação. A tecnologia está presente em todos os setores de atividade e tem que estar no desporto também", terminou.
O contrato-programa de preparação olímpica para Tóquio 2020/Paris 2024, que compreende o quadriénio 2018-2021, prevê a obtenção de pelo menos duas medalhas nos próximos Jogos.
Além das duas presenças em lugares de pódio, o contrato estipula ainda a obtenção mínima de 12 diplomas, ou seja, classificações até ao oitavo lugar, e pelo menos 26 iguais ou acima do 16.º posto. O contrato prevê ainda uma subida das modalidades representadas para 19 (contra 13 em Londres2012 e 16 no Rio2016), e um aumento da presença de atletas femininas, esperando-se que tenham um peso de pelo menos 40% entre os qualificados.
Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, Portugal só conquistou uma medalha, de bronze, por intermédio da judoca Telma Monteiro, que foi terceira na categoria de -57 kg.