Enquanto muitos actores se distanciam de Woody Allen, por alegada má conduta sexual, denunciada pela sua filha Dylan Farrow, o actor Alec Baldwin expressou o seu apoio ao realizador de Annie Hall num tweet publicado esta semana onde considera "injusto" e revela sentir-se "triste".  

Baldwin, que apareceu nos filmes de Allen Para Roma com Amor (2012) e Blue Jasmine (2013), disse no Twitter que, embora investigado, o cineasta nunca foi considerado culpado e que para ele, enquanto actor, trabalhar com o realizador foi "um dos privilégios" da sua carreira.

Durante décadas, Woody Allen negou repetidamente as acusações de que terá molestado a filha Dylan Farrow, quando aquela tinha sete anos. Recentemente, a jovem veio a público acusar novamente o pai e perguntar por que continuam as actrizes a trabalhar com ele. Como resultado das suas declarações, Mira Sorvino escreveu uma carta de apoio a Dylan Farrow e decidiu doar o dinheiro que ganhou no filme que fez com Woody Allen – Poderosa Afrodite (1995), que lhe valeu um Óscar – à associação Time's Up, que defende as vítimas de abuso e assédio sexual. Não foi a única, diz a Reuters, já que Rebecca Hall e Ellen Page seguiram-lhe o exemplo. O mesmo fez o actor Timothee Chalamet – que integra o elenco do novo filme de Allen, actualmente em pós-produção e com estreia anunciada para o corrente ano, A Rainy Day in New York –, que anunciou ir também doar o salário desse seu trabalho à Time's Up e a outras causas semelhantes.

Alec Baldwin diz ainda que não pretende "ignorar tais reclamações", as de assédio, mas que se deve ter cuidado na forma como se tratam as pessoas que são acusadas desses crimes.