Dez novos restaurantes para 2018
Alguns abriram nos últimos dias de 2017, outros preparam-se para inaugurar em 2018. Fomos saber quais são os planos dos chefs portugueses para o novo ano que agora começa. E são muitos.
André Magalhães
Taberna Fina, Lisboa
A Taberna Fina, o novo espaço de André Magalhães, da Taberna da Rua das Flores, está em soft opening desde há poucas semanas e promete estar em pleno a partir do início de 2018. Fica no primeiro andar do Le Consulat, em pleno Largo Camões, em Lisboa, e serve menus de degustação (56 euros, mais 22 com wine pairing) que vão mudando conforme os produtos disponíveis na estação. François Blot, proprietário do Le Consulat, diz que André Magalhães “traz ao Largo Luís de Camões uma nova proposta, num contexto diferenciador, em modo fine dining”. Na cozinha estão, como chefs residentes, Nuno Noronha e Vania Galindo Bicerra. Funciona de terça a sábado só para jantares.
Ljubomir Stanisic
100 Maneiras (restaurante), Lisboa
Já foi anunciado há alguns meses, mas a abertura foi adiada por causa das obras. Agora, diz Ljubomir, deverá mesmo acontecer no final de Janeiro. Estamos a falar do novo 100 Maneiras (o restaurante, não o bistro), que vai nascer muito próximo do antigo, no Bairro Alto, Lisboa. O chef, que conta que foi a Itália desenhar um fogão propositadamente para o novo espaço, quer desenvolver aqui o trabalho que iniciou noutros restaurantes, como o Six Senses Douro Valley, e que passa por muita experimentação à volta de fermentados, pratos vegetarianos, cervejas artesanais, que serão produzidas aqui para usar nos seus outros espaços.
José Júlio Vintém
Pica Miolos, Lisboa
A boa cozinha alentejana em Lisboa pela mão de um dos seus mais respeitados representantes: José Júlio Vintém, do Tomba Lobos (Portalegre), vai abrir na zona do Cais do Sodré, Lisboa, o Pica Miolos, onde servirá “petiscos tradicionais, miudezas e extremidades, coisas pouco vulgares”, mas também carne de qualidade, bife, “lombinho de porco especial”. Também os vegetais terão aqui destaque, igualmente de formas criativas, das pontas de espargos aos corações de alcachofra. O espaço (em sociedade com os proprietários do By the Wine, Ricardo Santos e Leonor Brito) é grande, com dois pisos, um total de 130 lugares, divididos numa sala principal e quatro salas privadas para grupos.
José Avillez
Vários, Lisboa e Porto
As novidades nunca param quando se trata do Grupo José Avillez. Para encerrar 2017, abriram três novos espaços no 7º Piso do El Corte Inglés, em Lisboa: Jacaré, um “carnívoro vegetariano”, com pratos de carne na grelha e outros vegetarianos; a Taberna Chic, com petiscos portugueses; e a Barra Cascabel, uma parceria com o chef mexicano Roberto Ruiz. Mas há mais. Para o início de 2018 está prevista a abertura de um novo restaurante de José Avillez, este no recém-renovado (e ainda em obras) Campo das Cebolas. Fica no edifício, também ele renovado, que faz esquina entre o Campo e a Rua dos Bacalhoeiros e, para já, Avillez não quer revelar muito mais. Dos planos do chef do Belcanto faz ainda parte um projecto que será “uma aposta na área da formação, com uma vertente social”, mas que para já está ainda em fase de planeamento. E um segundo Mini Bar, desta vez no Porto.
João Sá
Sem nome, Lisboa
Fica na Rua dos Bacalhoeiros, partilhando o mesmo edifício com o novo espaço de José Avillez e ainda com a pastelaria L’Éclair, o novo restaurante de João Sá, ainda sem nome. O chef descreve-o como “um espaço descontraído, com uma cozinha focada em produtos nacionais, biológicos sempre que possível”, próximo do conceito farm to table, com 35 lugares e um menu dinâmico. “É como se fosse a minha sala de jantar, onde as pessoas serão bem recebidas, com comida honesta, um espaço onde eu imagino que me sentiria bem”, diz o antigo chef do Assinatura e do G-Spot, em Sintra. A abertura está prevista para Abril.
Vincent Farges
Sem nome, Lisboa
Chegámos a anunciá-lo em Janeiro de 2017, mas (mais uma vez) as obras levaram a que a abertura do novo restaurante do chef Vincent Farges (ex-Fortaleza do Guincho) fosse adiada. Sabe-se que é no Chiado, em Lisboa, mais exactamente no Largo das Belas Artes, no antigo showroom da marca de cozinhas Bluthaup, um espaço com excelente vista sobre a cidade e o rio. O nome não foi ainda revelado. Com Vincent, estará o escanção Inácio Loureiro, que trabalhou com ele no Guincho.
Rui Silvestre
Quorum, Lisboa
O chef do algarvio Bon Bon, para o qual conquistou já uma estrela Michelin, chega agora à capital, como consultor do novo restaurante Quorum, no Chiado. Por enquanto pouco se sabe sobre o projecto, que é apresentado como tendo “um conceito inovador por todo o envolvimento que se pretende que haja da parte de quem o visita no processo criativo”.
Vítor Sobral
Padaria da Esquina, Lisboa
Tal como noutros espaços que tiveram que adiar as aberturas, previstas para 2017, são as obras que estão a atrasar a inauguração da muito anunciada Padaria da Esquina, o novo projecto de Vítor Sobral, que tem como aliado e cúmplice o mais entusiástico padeiro da cidade, Mário Rolando. Sobral, cauteloso, não quer falar em datas, mas está para breve, breve.
Henrique Sá Pessoa
Balcão, Lisboa, e Tapisco, Porto
Também Sá Pessoa abriu um novo espaço no Gourmet Experience, no 7º piso do El Corte Inglés, em Lisboa. Chama-se Balcão e é cozinha portuguesa, com alguns clássicos, mas, garante o chef, com uma carta diferente da que tem no Mercado da Ribeira e no Tapisco (que cruza petiscos portugueses e tapas espanholas). 2018 será o ano em que o chef do Alma ruma ao Norte, mais exactamente ao Porto, onde irá abrir também um Tapisco, a poucos metros do Cantinho do Avillez da Invicta.
Rodrigo Castelo
O Mariscador, Lisboa
Chama-se O Mariscador, é uma marisqueira e vai abrir na Praça de Touros de Lisboa. O chef da Taberna Ó Balcão de Santarém chega também agora à capital (a previsão era que o novo restaurante tivesse aberto antes do Natal, mas não foi possível) trazendo uma marisqueira com um toque pessoal, onde, para além dos mariscos clássicos, trabalhará peixe e marisco de rio. Promete “manteiga muito boa”, pão de qualidade (de Mário Rolando), presunto português e produtos que tem vindo a desenvolver como a língua de touro bravo curada, além de “uma boa imperial, um bom espumante, um bom prego no final e um bom bife com molho especial da casa”.