A palavra do ano para o dicionário Merriam-Webster é "feminismo", anunciou Peter Sokolowski, editor-chefe da marca, à Associated Press, avançando que a busca pela palavra aumentou 70% em 2017, e a actividade de procura aumentou depois de eventos como a marcha das mulheres a 21 de Janeiro – que começou com um desafio de um grupo de mulheres nas redes sociais, que originou 673 marchas, em nome dos direitos humanos, da justiça social, da igualdade, da tolerância e da paz. 

Na verdade, a escolha do Merriam-Webster não é surpreendente num ano que começou com esta marcha e terminou com o movimento #MeToo que denuncia o assédio e a agressão sexual. Recorde-se que a semana passada a revista Time escolheu como personalidade do ano os homens e mulheres que quebraram o silêncio para denunciar casos de assédio.

A palavra também foi mais procurada quando os casos de assédio começaram a ser divulgados, refere o Merriam-Webster no seu site. Assim, como é possível fazer uma ligação entre "feminismo" e a estreia do filme Mulher-Maravilha ou da série Handmaid's Tale, acrescenta o site.

A palavra "feminismo" já ganhara um lugar na lista das dez palavras mais procuradas em 2014 e 2015. Contudo, a sua definição evoluiu e tem um significado muito diferente do que da primeira vez que entrou no dicionário, em 1841: "qualidades das fêmeas". O editor justifica que, então, a "palavra era muito nova". Actualmente, a entrada refere que o "feminismo" é "a teoria da igualdade política, económica e social dos sexos" e "actividade organizada em prol dos direitos e interesses das mulheres".