Vítimas da Urban Beach vão apresentar queixa-crime

Uma das advogadas diz que o próximo passo da defesa é apresentar queixa ao Ministério Público.

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André Reis e Magnuson Gomes só prestaram declarações como ofendidos em sede de inquérito para aplicação de medidas de coacção daniel rocha

As duas vítimas de agressão por seguranças da discoteca lisboeta Urban Beach vão apresentar queixa-crime ao Ministério Público na sexta-feira, disse à Lusa uma das advogadas que os representam.

Sandra Cardoso explicou à Lusa que as duas vítimas - André Reis e Magnuson Gomes - só prestaram declarações como ofendidos em sede de inquérito para aplicação de medidas de coacção, pelo que o próximo passo da defesa é apresentar queixa ao Ministério Público.

A advogada adiantou que a queixa é um dos requisitos obrigatórios para o pedido de indemnização cível por parte das vítimas.

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou no sábado a prisão preventiva para dois seguranças da discoteca, indiciados de tentativa de homicídio qualificado na forma tentada, enquanto a um terceiro elemento foi-lhe imputado o crime de ofensa à integridade física, saindo em liberdade, mas com proibição de contactar com as vítimas e com os co-arguidos, além de ficar impedido de exercer a actividade de segurança privada.

Entretanto, o Ministério da Administração Interna ordenou o encerramento do espaço na madrugada de sexta-feira, alegando não só o episódio de quarta-feira, mas também as 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por alegadas práticas violentas ou actos de natureza discriminatória ou racista". A discoteca vai ficar fechada durante seis meses.

A empresa de segurança privada PSG, empregadora dos vigilantes indiciados, já anunciou que vai rescindir todos os contratos com estabelecimentos de diversão nocturna para "se distanciar de situações semelhantes".