Legionella: manutenção quinzenal das torres era cumprida e última análise foi negativa

Das quatro torres de arrefecimento do Hospital S. Francisco Xavier, três foram desligadas na sequência do surto.

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Pedro Valdez

O plano de manutenção das torres de arrefecimento do Hospital S. Francisco Xavier (Lisboa), onde houve um surto de Legionella, implicava análises a cada 15 dias e os últimos resultados estavam todos negativos, segundo as autoridades.

Em declarações à Lusa, o presidente dos Serviços de utilização Comum dos Hospitais (SUCH), Paulo Correia de Sousa, disse que as torres do hospital eram analisadas a cada 15 dias e que não havia registo de "nenhuma positividade (...) desde a última análise".

Segundo o responsável, a última análise tinha sido feita a 16 de Outubro, o resultado chegou ao hospital no dia 27 de Outubro e era negativo para a presença da bactéria Legionella, que até ao momento provocou a morte a duas das 30 pessoas infectadas.

"Desde o dia 16 até 29 a 30 de Outubro algo se poderá ter passado, se na verdade foram elas as emissoras... nós ainda não temos essa certeza", afirmou.

De acordo com o presidente dos SUCH, das quatro torres de arrefecimento do Hospital S. Francisco Xavier, três foram desligadas e uma foi tratada, com choques térmicos e químicos, assim como toda a rede de água, mas mantém-se ligada pois é necessária para o bom funcionamento da unidade hospitalar.

Este surto de Legionella provocou a morte de duas pessoas. Um doente teve alta e os restantes encontram-se internados.

"Os doentes são, na sua maioria, idosos com factores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos", segundo um comunicado conjunto emitido na segunda-feira à noite pela Direcção-Geral da Saúde e pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.