Sócrates entra na campanha de Lisboa para defender Fernando Medina

Antigo primeiro-ministro acusa Ministério Público de contribuir para “golpada” das notícias sobre compra da casa do presidente da Câmara de Lisboa.

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José Sócrates, antigo primeiro-ministro, publicou o décimo vídeo no seu canal de Youtube Miguel Manso

O antigo primeiro-ministro José Sócrates publicou nesta segunda-feira um vídeo no seu canal do Youtube para defender Fernando Medina, o actual presidente da Câmara de Lisboa que se recandidata ao cargo nas eleições de 1 Outubro, acusando o Ministério Público de contribuir para uma “golpada particularmente repugnante”. Em causa estão as notícias sobre a venda da antiga casa de Medina e a compra de uma outra por um valor inferior ao do mercado a um membro da família da empresa Teixeira Duarte.

Sócrates considera que o processo “é penosamente idêntico ao que vimos anteriormente”, acrescentado que se trata de “um clássico”.

No vídeo com o título A Golpada, Sócrates diz que se trata de uma “golpada particularmente repugnante”, que se escuda na “cobardia do acto anónimo” e acusa o Ministério Público de contribuir para este “miserável episódio”.

“Nada disto de passaria sem a prestimosa contribuição do Ministério Público, que, conscientemente, ao tornar pública a denúncia e a investigação, entrega esta atoarda a legitimidade necessária para que ela se possa transformar num assunto crítico desta campanha”.

Sócrates refere-se às notícias que dão conta de que em 2016 Fernando Medina conseguiu vender por 490 mil euros um apartamento T3 que comprara por 360 mil e adquiriu por 645 mil um duplex T4, cuja proprietária havia pago por ele 843 mil euros.

Os dois apartamentos, como noticiou o PÚBLICO, situam-se numa das zonas mais caras de Lisboa, as Avenidas Novas, mas enquanto o de Medina se valorizou 130 mil euros, aquele que ele comprou desvalorizou-se 198 mil euros, praticamente no mesmo período.

O negócio foi alvo de uma denúncia anónima junto do Ministério Público e está a ser investigado.

Fernando Medina reagiu à polémica defendendo que esta assenta em “factos falsos” que “ofendem” a sua honra, explicando que não sabia quem era a proprietária da casa que comprou.

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