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Novo reality show do Facebook cria encontros amorosos em mundos virtuais

Os participantes tentam encontrar o amor enquanto ultrapassam desafios em cenários que vão do espaço a um ataque de zombies.

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Os limites da tecnologia tornam-se um desafio para os participantes Superbright

As tramas amorosas dos reality shows tendem a ter grande sucesso junto do público, e o Facebook junta-se a quem aposta no formato com um programa para formar casais em ambientes de realidade virtual. A série Virtually Dating – que chegou esta semana à nova plataforma de vídeos da rede social, a Watch – junta desconhecidos em encontros românticos em cenários gerados por computador, que vão desde a Lua ao Antigo Egipto, passando por mundos pós-apocalípticos recheados de zombies.

A produção é da empresa de media norte-americana Condé Nast, que equipa os participantes (antes de se conhecerem no mundo real) com óculos de realidade virtual e os guia (através de uma voz feminina omnipresente) pelos  desafios dos mundos virtuais (“Desenhem uma nave espacial à vossa volta”). Os participantes, embora apenas se vejam virtualmente, estão lado a lado na mesma sala. O objectivo é ver se a personalidade real dos participantes é compatível com a forma como se comportam no mundo real. 

O visual retro da série (que relembra um programa de exercício dos anos 1980), dá a entender que o objectivo principal do programa é fazer rir os espectadores. “A tecnologia que utilizamos está na fase beta, e a experiência foi concebida para se aproveitar dessas limitações. Não há nada melhor que uma boa combinação de tecnologia constrangedora com um encontro constrangedor”, explica a equipa da Superbright que desenvolveu parte da tecnologia utilizada na série.  

Os corpos dos participantes são fotografados e as caras moldadas para recriar avatares 3D realísticos, mas os limites da tecnologia são evidentes: há falhas informáticas que levam pernas a desaparecer, e que dificultam a interacção das personagens com o mundo virtual e com os parceiros (abraços e apertos de mão são quase impossíveis). Por vezes, porém, os corpos das pessoas também tomam formas de animais ou personagens míticas (num trailer vê-se um homem a levantar os braços para copiar as asas de um dragão, e noutro um gorila que abraça um urso polar na neve).

Este tipo de séries fazem parte da estratégia do Facebook para competir com o YouTube, e a reality TV é um género menos caro de produzir do que a ficção levando a que a rede social tenha várias apostas nesse formato. Ball in the Family, sobre a família de LaVar Ball, pai de três jovens jogadores-sensação de basquetebol, e Returning the Favor, com Mike Rowe são outros exemplos da investida do Facebook na televisão

Apesar da nova série do Facebook explorar as limitações da tecnologia de realidade virtual, a área é uma paixão do director executivo Mark Zuckerberg que, em 2014, pagou três mil milhões de dólares (cerca de 2,6 milhões de euros) para comprar a empresa dos óculos de realidade virtual Oculus. Na altura, Zuckerberg disse ver a realidade virtual como o futuro “do quotidiano de milhares de milhões de individuos”. Em Abril, o Facebook apresentou uma aplicação de realidade virtual que teletransporta os utilizadores da rede social para um universo digital em que têm um avatar (criado com base na fotografia de perfil) e podem criar objectos em 3D com um marcador virtual. 

A plataforma de vídeos do Facebook ainda não está disponível em Portugal, mas podem-se encontrar vários excertos do programa Virtually Dating na Internet.

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