Quatro bombeiros de Castanheira de Pera continuam com prognóstico reservado
Segundo o comandante dos bombeiros de Castanheira de Pera, os operacionais estão “ventilados e apresentam queimaduras no corpo e vias aéreas”.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, José Domingues, disse este domingo à agência Lusa que os quatro bombeiros da sua corporação internados mantêm-se todos com prognóstico reservado. "Temos dois bombeiros internados no hospital de Santa Maria (Lisboa), um na Prelada (Porto) e uma nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Estão todos com prognóstico reservado", afirmou o responsável, a propósito dos bombeiros que ficaram gravemente feridos na sequência do incêndio que deflagrou dia 17 em Pedrógão Grande e que provocou a morte a 64 pessoas.
José Domingues, no momento em que falou por telefone com a agência Lusa, encontrava-se em Lisboa, no hospital de Santa Maria, para visitar e inteirar-se do estado dos seus operacionais ali internados.
"Os operacionais estão todos ventilados e apresentam queimaduras no corpo e das vias aéreas", explicou o comandante dos Voluntários de Castanheira de Pera. Agastado com aquilo que aconteceu aos seus operacionais, José Domingues desabafou: "O que precisávamos era que [os bombeiros] estivessem bem. Ainda andamos anestesiados com estas loucuras".
Além destes quatro feridos com prognóstico reservado, um bombeiro também da Castanheira de Pera morreu no combate às chamas. Gonçalo Conceição, de 39 anos, que era casado e deixa um filho, morreu na segunda-feira, no hospital de Coimbra, onde estava internado, depois de ter ficado gravemente ferido.
O fogo que deflagrou em Pedrógão Grande atingiu também os concelhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, e chegou aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra. Além dos 64 mortos, o incêndio provocou mais de 200 feridos.