Marcelo destaca Europa "coesa" para negociar o "Brexit"

No Porto, onde decorrem as comemorações do Dia de Portugal, o Presidente da República visitou as actividades militares complementares, instaladas na Avenida dos Aliados, que, até domingo, está transformada no quartel-general dos três ramos das Forças Armadas

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Nelson Garrido
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O Presidente da República recusou comentar nesta sexta-feira os resultados das eleições no Reino Unido e preferiu destacar que o importante é haver coesão e preparação "em tempo oportuno, começar as negociações" do “Brexit”.

"O fundamental é que a União Europeia está unida, coesa e preparada para as negociações [relativas à saída do Reino Unido da União Europeia] ", sublinhou o Presidente no final de uma visita a um conjunto de equipamentos dos três ramos das Forças Armadas que se encontram montados na Avenida dos Aliados, no Porto. A cidade é um dos palcos das comemorações oficiais do Dia de Portugal, a par do Rio de Janeiro e de São Paulo, no Brasil.

Questionado diversas vezes pelos jornalistas sobre o facto de o Partido Conservador, liderado pela primeira-ministra, Theresa May, ter perdido a maioria absoluta nas eleições antecipadas desta quinta-feira no Reino Unido, Marcelo reafirmou: "Não vou comentar eleições de outro país. O que posso dizer é que a União Europeia está unida e preparada. Isso é que é o mais importante".

O Presidente, permanentemente ovacionado por centenas de crianças, mas também por muita gente adulta, recusou-se igualmente a falar sobre a contestação a algumas políticas do Governo, como se vê pela preparação das greves dos juízes e dos professores e que se seguem à primeira greve nacional deste ano, cumprida a 26 de Maio.

“A única coisa que eu posso dizer é que a Constituição prevê o direito à greve. O facto de não ter havido, durante um período longo, nenhuma greve não quer dizer que não seja possível ao abrigo da Constituição, haver três ou quatro”, acrescentou.

Alegre "merecia sempre" o Prémio Camões

Já sobre o Prémio Camões, atribuído a Manuel Alegre, o chefe de Estado considerou que foi bem entregue. “Também eu penso que é natural que [Manuel Alegre] ser galardoado pelo Prémio Camões, quem contribui de uma forma excelente para o património literário e cultural não só português, mas do mundo da lusofonia”, afirmou, sublinhando que “tem sido assim a vida e a obra de Manuel Alegre. E mesmo que não houvesse em muitos dos seus poemas, como há, inspiração camoniana, ele merecia sempre este prémio”.

Para além de um almoço fechado no Palácio da Bolsa, o programa desta sexta-feira do Presidente da República é carregado, dele fazendo parte uma visita, na Casa do Infante, à exposição O foral do Porto 1517-2017. Marca de um rei, imagem de uma cidade, que assinala os 500 anos do Foral Manuelino da cidade.

A segunda visita da tarde acontece pouco depois. Marcelo Rebelo de Sousa estará na Associação Somos Nós para uma visita guiada às instalações desta Instituição Particular de Solidariedade Social, criada em 2006 por pais e amigos de jovens adultos portadores de deficiência mental.

A Casa do Roseiral, no Palácio de Cristal, será o palco da reunião semanal entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, António Costa, que se junta às comemorações oficiais do Dia de Portugal, que têm o ponto alto neste sábado.

Ao fim do dia, pelas 19h30, depois de uma sessão de apresentação de cumprimentos pelo Corpo Diplomático acreditado em Portugal ao Presidente da República, realizar-se-á um jantar volante nos claustros da Sé do Porto, encerrando o dia com uma sessão de fogo-de-artifício no Terreiro da Sé.

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