Marcelo escolhe entre antiga aluna ou antiga colega para assessoria diplomática

O nome da mulher que vai suceder a José Augusto Duarte deverá ser conhecido ainda este mês. A embaixadora da Turquia, Paula Leal da Silva, e a secretária-geral do MNE, Ana Martinho, são as favoritas.

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Marcelo terá a primeira assessora diplomática da Presidência da República Rui Gaudencio

O Presidente da República já decidiu que será uma mulher a sua futura assessora diplomática, depois de José Augusto Duarte rumar à China como embaixador, lá para o fim do ano. E há dois nomes fortes para ocupar o cargo, apurou o PÚBLICO junto de fontes diplomáticas: a embaixadora na Turquia, Paula Leal da Silva; e a actual secretária-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ana Martinho.

As duas diplomatas têm características em comum, diz quem as conhece: têm ambas um excelente currículo e são ambas muito determinadas, embora com diferentes características de personalidade e percursos muito diferentes. Marcelo Rebelo de Sousa conhece muito bem tanto uma como outra, já que foi colega de faculdade de Ana Martinho e professor de Paula Leal da Silva. A escolha deverá recair sobre uma delas e ser anunciada nas próximas semanas.

Paula Leal da Silva é embaixadora na Turquia desde Setembro do ano passado, para onde foi por sua escolha, depois de quatro anos à frente do posto diplomático de São Tomé e Príncipe, como residente, e do Gabão e da Guiné Equatorial como não-residente. Aos 58 anos, fez carreira diplomática em Bruxelas, Estrasburgo, Maputo e Washington D.C. No Ministério dos Negócios Estrangeiros foi directora dos Serviços de Política Externa e Segurança Comum da União Europeia e secretária-geral adjunta. Além disso, é escritora. O último romance, intitulado Alguém, foi publicado em 2014. 

Com a mesma idade que Marcelo (são ambos de 1948) e uma energia equiparável, Ana Martinho foi a primeira mulher a ocupar o cargo de secretária-geral do MNE onde se encontra desde 2013 e poderá também tornar-se a primeira assessora diplomática da Presidência.

O seu percurso mostra um perfil mais político: durante os governos Cavaco Silva, foi assessora do gabinete do primeiro-ministro e chefe de gabinete do ministro das Finanças. Esteve no gabinete de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia e foi representante permanente junto da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa). Depois de quatro anos no actual cargo, como chefe máximo da carreira diplomática, poucos segredos haverá para ela no mundo que passa pelo Palácio das Necessidades.

 

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