Schwarzenegger para Trump: “Nenhum homem pode voltar atrás no tempo, apenas eu”
O actor e ex-governador da Califórnia apela ao Presidente dos EUA para que “escolha o futuro” e não caminhe em direcção ao passado.
Depois de, nesta quinta-feira, Donald Trump ter anunciado que iria retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, Arnold Schwarzenegger juntou-se às dezenas de pessoas que reagiram à decisão e fez questão de responder ao Presidente norte-americano, criticando-o. “Nenhum homem pode voltar atrás no tempo – apenas eu consigo fazê-lo”, disse o actor em tom satírico e numa referência à sua personagem em Exterminador Implacável.
“Nenhum homem pode destruir o nosso progresso, nenhum homem pode parar a nossa revolução de energia limpa, nenhum homem pode voltar atrás no tempo – apenas eu consigo fazê-lo”, criticou o actor e ex-governador da Califórnia, num vídeo de cerca de três minutos publicado no Facebook.
Schwarzenegger alerta para a responsabilidade de Trump, enquanto Presidente, de "proteger as pessoas”. Nos EUA, mais de 200 mil pessoas morrem, anualmente, devido ao excesso de poluição e, com isto, Schwarzenegger diz que ninguém pode ficar “sentado à espera sem fazer nada, enquanto as pessoas continuam a morrer e a ficar doentes”.
“Relembramos os grandes líderes – grandes líderes não caminham para o passado mas sim para o futuro”, afirma o actor, que não quer que os Estados Unidos retrocedam naquele que é um projecto global de protecção ambiental. “O passado que já conhecemos pode ser menos assustador que o futuro que não conhecemos”, continua o actor. Schwarzenegger sublinha que um “futuro limpo” não é assustador, ao contrário do que Presidente Trump possa pensar. “Por favor, senhor Presidente, escolha o futuro”.
O ex-governador da Califórnia apela às cidades e estados norte-americanos que tomem uma atitude autónoma relativamente ao clima, pois diz ser possível controlar as emissões de gases poluentes a nível local. “Não podemos deixar que Washington D.C. lidere, temos de o fazer nós mesmos”, conclui.
Schwarzenegger acrescenta que as políticas ambientais “não destroem a economia”, contrariando as afirmações de Trump que diziam que o Acordo “era um mau negócio para os trabalhadores americanos e muito injusto para os Estados Unidos”.