Presidente da Venezuela aumenta salário mínimo e subsídio de alimentação
É a terceira vez que Maduro aumenta o salário mínimo dos venezuelanos neste ano.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou no domingo um novo aumento de 60% no salário mínimo dos venezuelanos que, com subsídio de alimentação incluído, atinge o equivalente a 258 euros.
Segundo Nicolás Maduro, com este aumento, o salário mínimo base dos venezuelanos passa a ser de 65.021,04 bolívares (84 euros) e o subsídio de alimentação de 135.000,00 bolívares (174 euros), totalizando 200.021,00 bolívares.
O anúncio foi feito no programa radiofónico e televisivo Os domingos com Maduro, transmitido através da televisão e rádio estatais, durante o qual explicou que os "cesta tickets" (subsídios de alimentação) deixam de ser pagos por via electrónica. "Que seja depositado em bolívares para que ninguém roube o 'cesta ticket' de ninguém", disse.
Os reformados e pensionistas vão receber mensalmente um "bónus" de 30%, totalizando 84.527,40 bolívares (109,30 euros), sem direito a subsídio de alimentação.
É a terceira vez que Maduro aumenta o salário mínimo dos venezuelanos neste ano, a primeira foi em Janeiro e a segunda em Fevereiro.
Fontes não oficiais referem que a Venezuela registou, em 2016, pelo menos 550% de inflação e que em Janeiro e Fevereiro deste ano o índice de preços ao consumidor subiu 45%.
A população queixa-se da falta de alguns produtos básicos. É no entanto possível encontrar nos supermercados mercadorias importadas, embora a preços inacessíveis para grande parte da população.
Um pacote de meio quilo de massa custa cerca de 4500 bolívares (5,81 euros), um quilo de açúcar oito mil bolívares (€10,34), e uma barra de 200 gramas de manteiga 8500 bolívares (€10,99).
O Governo distribui alimentos a preços subsidiados em algumas zonas mais pobres do país, distribuindo também, quinzenalmente, cabazes com produtos alimentares.