Na zona mista do Estádio de Alvalade, e após o empate deste sábado entre Sporting e Benfica, Luís Filipe Vieira respondeu em viva voz ao convite efectuado por Bruno de Carvalho para se sentar na tribuna presidencial: “Há 15 ou 16 anos tivemos em nossa casa um demagogo, um populista e um mentiroso compulsivo”, afirmou, referindo-se a Vale e Azevedo. “Quando recebi aquela carta recordei-me muito desses tempos”, acrescentou, desta vez referindo-se à carta do presidente do Sporting.

Sobre a morte de um adepto do Sporting, nas imediações do Estádio da Luz, o líder “encarnado” lamentou “profundamente” a perda de uma vida, lembrando que o Benfica enviou “nas primeiras horas da manhã todas as imagens, não trabalhadas e com som, à polícia”. Mas perguntou: “Se eram adeptos do Sporting, o que é que estavam a fazer, às três da manhã, na praça Cosme Damião? Era para tirar fotografias com o Cosme Damião? Era para tirar fotografias com a estátua do Eusébio?”. “A provocação gera violência”, asseverou Vieira.

“Se estiveram atentos a certos programas de televisão sabíamos que mais minuto, menos minuto, iriamos ter uma desgraça destas. Não se pode lançar as pedras e depois esconder as mãos”, continuou o líder benfiquista sem especificar a quem se referia. “Quem é que ao longo dos últimos quatro anos andou a incendiar o futebol português. Quem é que disse que iria confrontar o Benfica?”, questionou ainda, afastando quaisquer responsabilidades do clube da Luz no clima de crispação actual no futebol português, relembrando que o Benfica “tem estado em silêncio”.