Álvaro Almeida preocupado com a falta de criação de emprego no Porto

Candidato independente à câmara colocou esta segunda-feira o seu primeiro outdoor de rua na mesma semana em que apresentará oficialmente a sua candidatura, do dia 8.

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Álvaro Ameida assistiu à colocação do seu primeiro outdoor de rua, na zona do Bessa Adriano Miranda

Álvaro Almeida, candidato independente à Câmara do Porto apoiado pelo PSD, diz-se pronto para a batalha autárquica que tem pela frente e afirma que a colocação do seu primeiro cartaz de rua, na zona do Bessa, esta segunda-feira, marca o arranque de uma campanha que será de “muita proximidade” com os portuenses.

“A colocação do outdoor é o primeiro grande momento de contacto com a população do Porto”, afirma Álvaro Almeida, que no próximo sábado apresenta oficialmente a sua candidatura à segunda autarquia do país, na Fundação Eng. António de Almeida, numa sessão que contará com a presença do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.

É a primeira vez que este professor associado da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e ex-presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) aceita o desafio de se candidatar a uma câmara, e promete trazer para a campanha dois temas que lhe são caros: a saúde e a educação.

“Vou fazer uma campanha de muita proximidade porque as pessoas são quem me preocupa e vou falar de um Porto autêntico, o Porto real de quem cá vive, e não de um Porto de fachada”, declarou ao PÚBLICO Álvaro Almeida, revelando que se vai empenhar para que a cidade não perca a autenticidade. Aliás, “Porto Autêntico” é o slogan da sua candidatura. “Essa é a nossa preocupação, o Porto das pessoas que vivem cá, aqueles que fazem a cidade ser aquilo que é”, sublinha.

Afirmando que o actual executivo “tem estado muito voltado para a imagem, para a festa e muito pouco para os assuntos que preocupam as pessoas”, o economista portuense entende que a cidade precisa de respostas para o trânsito, para a segurança e para o emprego. Em relação a este último, lamenta que a Câmara do Porto não se tenha empenhado em ter políticas que potenciem o emprego na cidade. “Podemos ter uma câmara que facilite ou que complique a criação de emprego e este executivo não tomou nenhuma decisão nesse sentido”, critica.

Num texto que assina esta segunda-feira no Jornal de Notícias, intitulado Turismo não resolve desemprego, Álvaro Almeida afirma que “o actual executivo municipal entendeu ignorar o problema [do emprego], parecendo satisfeito com esta cidade cada vez mais monossectorial. É uma opção errada, que tem de ser revertida rapidamente. Só com uma economia diversificada, que crie emprego em vários sectores diferentes, será possível criar uma cidade atractiva para os jovens portuenses qualificados e reverter o processo de desertificação do Porto”.

“A cidade do Porto perde cerca de 3500 habitantes em idade activa por ano. O fenómeno da perda de população do Porto tem várias dimensões e causas, mas certamente que as dificuldades em encontrar emprego de qualidade serão uma das principais motivações para o abandono da cidade pelos portuenses em idade activa. Ora, neste domínio, os últimos anos não trouxeram boas notícias”, revela o professor associado da Faculdade de Economia do Porto, baseando-se em dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística no início de Março. A informação em causa inclui dados até 2015 e tem a ver com o pessoal ao serviço das empresas em Portugal, com detalhe ao nível do município.

Nos próximos dias os portuenses vão começar a receber a carta (são cerca de 100 mil) na qual o candidato independente apoiado pelo PSD explica as razões da sua candidatura, que vai colocar nas próximas semanas os outdoors de rua com a sua imagem.

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