Mais nomes para agitar o Tremor em Ponta Delgada: Bonga, Ghost Hunt, Camera

O festival açoriano continua a anunciar os nomes que darão vida ao festival que nos leva a descobrir mais profundamente São Miguel. A quarta edição realiza-se entre 4 e 8 de Abril.

Foto
O festival ocupa vários espaços na cidade, mesmos os mais inesperados, como a Londrina, loja de roupa que recebeu em 2015 Emperor X Rui Soares (colaborador)

Esta quarta-feira, os habitantes da região centro do país, na zona de Leiria, foram agitados por um pequeno abalo sísmico, felizmente sem consequências. Mais longe, no meio do Atlântico, em São Miguel, já se sabe exactamente quando chegará um abalo (com boas consequências). Sentir-se-á entre 4 e 8 de Abril, com epicentro em Ponta Delgada, quando a nova edição do Tremor se espalhar pela ilha. Os responsáveis serão, por exemplo, Bonga, nome maior da música angolana e lusófona, serão os Camera, distintos descendentes dos kraut-rockers alemães da década de 1970, ou os Ghost Hunt, a banda de Pedro Chau, baixista dos Parkinsons, e de Pedro Oliveira, que cruza rock com electrónica em tons negros e que se apresentou recentemente com um álbum homónimo.

Estes foram os nomes mais sonantes apresentados esta semana, e que se juntam aos previamente anunciados para o cartaz do festival que, desde 2014, tem dado vida e tem sido pólo dinamizador do centro histórico da capital micaelense. Já sabíamos, portanto, que passariam pelos auditórios, galerias, hostels, clubes, bares, Igrejas e outros espaços da cidade os Beak> de Geoff Barrow, dos Portishead, os históricos Mão Morta, que continuam a criar história, a música meditativa dos Circuit des Yeaux da americana Haley Fohr e o surpreendente Yves Tumor, revelado pelo álbum Serpent Music.

Também anunciadas esta semana, no que é já consequência da actividade Tremor em São Miguel e hábito dos programadores do festival, foram as bandas locais 3rd Method, combo de improvisação funk/electrónica, e The Quiet Bottom, que partem da pop e do rock para baralhar as suas coordenadas. Brevemente serão anunciados mais nomes para completar as dezenas que comporão o cartaz final.

Esta é a componente musical de um festival que se faz de bem mais do que isso. Com lotação limitada a 1500 pessoas, o Tremor é também uma plataforma de divulgação de uma cidade e de um território, levando o público a conhecê-lo, por exemplo, através das sessões Tremor na Estufa que levam os espectadores a assistir a concertos surpresa em vários pontos de São Miguel. Desde a estreia, dadas as suas características, o interesse no festival tem sido crescente, atraindo público de Portugal continental, de outros países europeus ou dos Estados Unidos, curioso por descobrir que sobressalto é aquele afinal.

Os bilhetes custam 25 euros até 3 de Abril e fixam-se nos 30 euros a partir de dia 4. 

Sugerir correcção
Comentar