Foram realizadas duas sondagens  sobre a decisão de bloquear a entrada de refugiados e cidadãos de sete países de maioria islâmica. Uma mostra uma América dividida entre a aprovação e a rejeição da medida assinada pelo Presidente; a outra nem tanto.

Um sondagem realizada pela Reuters e a Ipsos, divulgada esta terça-feira, reflecte uma ligeira maioria de americanos que aprova a decisão relativa à proibição por 90 dias da entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Em concreto, 49% dos americanos inquiridos diz concordar “fortemente” ou “um pouco” com o bloqueio, enquanto 41% discorda “fortemente” ou “um pouco” da decisão. Os restantes 10% não sabe ou não responde.

Noutra perspectiva, 31% dos americanos diz sentir-se “mais seguros” depois do decreto assinado por Trump, e 26% afirma-se “menos seguros”; 38% é da opinião de que os EUA estão a dar “um bom exemplo” no que à luta contra o terrorismo diz respeito; 41% classifica a actuação como um “mau exemplo”. Já sobre a decisão de dar preferência de entrada a refugiados cristãos, a maioria (56%) discorda.

Na segunda-feira foram conhecidos os resultados de um inquérito levado a cabo pela empresa independente especializada em sondagens Rasmussen Reports e mostra um país mais inclinado a aceitar o bloqueio temporário à entrada de refugiados da Síria, Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen. No total, 57% dos inquiridos por telefone e online concorda com a medida, enquanto 33% discorda. Os restantes 10% não responde.

Mais especificamente, nesta sondagem 56% diz aceitar a decisão de bloquear temporariamente os vistos a cidadãos dos sete países e 32% está contra a medida.

A empresa responsável pela sondagem nota que o inquérito foi realizado na semana passada, antes dos protestos que se fizeram um pouco por todo o país, contestando a ordem de Trump. No entanto, os resultados não sofreram grandes alterações relativamente aos recolhidos em Agosto, quando então o candidato republicano às presidenciais fez, pela primeira vez, a proposta relativamente à imigração. Aí, 59% concordou com a sugestão de Trump.