Saúde pesa menos no bolso dos lisboetas, enquanto Centro paga mais pelos transportes

A estrutura da despesa média anual das famílias varia de região para região.

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A saúde pesa proporcionalmente penos no orçamento dos lisboetas Rui Gaudêncio

Os Açores e a Madeira são as regiões do país onde a habitação pesa mais no orçamento familiar: 36,9 e 33,6%, respectivamente, contra uma média nacional de 31,8%. A região Centro, por seu turno, surge como aquela em que as famílias pagam proporcionalmente mais pelos transportes (16,1%, para uma média nacional de 14,7%), enquanto o Alentejo se destaca por ser a região onde a alimentação pesa mais no bolso (15,1%).

A rubrica da Saúde também apresenta disparidades regionais. É mais pesada na Madeira e nos Açores (6,3% e 6,2%) e também no Centro (6,2%). Já a área metropolitana de Lisboa é, pelo contrário, aquela onde os gastos com saúde pesam menos, não passando dos 5,3%, ou seja, abaixo da média nacional de 5,6%. Lisboa surge ainda como a região onde as famílias investem mais do seu rendimento disponível no lazer, recreação e cultura (5,1%, contra os 4,2% da média nacional).

Sem grandes surpresas, dada a sua vocação turística, o Algarve é a região onde as famílias mais investem em bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos (2%, muito acima dos 1,2% de Lisboa e dos 1,5% do todo nacional) e em restaurantes e hotéis (11,1%, face a uma média de 8,5%).

O vestuário e o calçado - que constituem dos itens em que os portugueses cortam mais depressa quando estão numa situação de aperto - viram o seu peso descer consideravelmente nos orçamentos familiares: representavam 9,3% do total de despesas em 80/90, baixaram para os 3,7 em 2010/2011 e para os 3,4% em 2015/2016. Aqui, o Norte, com os seus 3,8%, surge como a região onde mais se investe nestes itens.

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